Banca de QUALIFICAÇÃO: MARCOS VAN BASTEN RODRIGUES
2022-11-16 17:04:59.814
Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa. DISCENTE: MARCOS VAN BASTEN RODRIGUES DATA: 02/12/2022 HORA: 14:00 LOCAL: Videoconferência TÍTULO: A tragédia da rainha preta: pajelança ou realismo-mágico na São Luís-MA de fins do séc. XIX. PALAVRAS-CHAVES: escravidão no Maranhão; religiões de matrizes afro-indpigenas; antropoceno mais que humano. PÁGINAS: 97 GRANDE ÁREA: Ciências Humanas ÁREA: História RESUMO: Em São Luís do Maranhão, em fins do século XIX, mulheres pretas podiam ser rainhas; de corpos humanos, insetos vivos eram extraídos; as bruxas estavam soltas; plantas enfeitiçavam; às águas, uma deusa-mãe; e até as pedras estavam vivas. Nos jornais, essas narrativas eram comuns e atraíam a atenção de um grande público, inclusive da parcela mais cética. De semelhanças, entre elas, a alcunha pajelança e o protagonismo do povo preto que a praticava. Por quais razões alguém saía de sua casa, atravessava a cidade em direção às tipografias e redações dos periódicos, para pagar por um anúncio no qual inventava e reclamava sobre essas práticas mágicas, fictícias ou não? É o que esta pesquisa investiga. Paralelo ao que pouco já foi escrito a respeito, sempre em busca dos inícios do campo religioso afroindígena maranhense, da coerção sofrida em tempos de república e abolição, aqui esse fenômeno mágico, mas nem por isso menos real, é percebido a partir do que representava para aquela sociedade como um todo. Mais do que religiosidade atribuída à população preta, pajelança era igualmente composta por quem a detratava publicamente, que lhe retirava da obscuridade, da vida privada, conferia-lhe relevância e reconhecia socialmente seus poderes. MEMBROS DA BANCA: Presidente - 1852177 - LUIZ ALBERTO ALVES COUCEIRO Externo à Instituição - Maria Helena Pereira Toledo Machado - USP Interno - 2365309 - SORAIA SALES DORNELLES