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JONAS NERIS FILHO
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PROJETO MAIS MÉDICOS PARA O BRASIL: Percepção da tutoria e supervisão acadêmica sobre a qualificação dos médicos no Maranhão
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Data : 11/12/2024
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Introdução: O Projeto Mais Médicos para o Brasil (PMMB), criado no contexto do Programa Mais Médicos, representa um pilar inicial para a conquista dos direitos universais à saúde garantido pela Constituição de 1988, com ênfase na expansão e fortalecimento da Atenção Primária à Saúde. O Projeto contribui para a formação médica, ao possibilitar o aprimoramento dos profissionais nas unidades da Atenção Primária à Saúde do Sistema Único de Saúde, por meio de cursos de aperfeiçoamento e especialização lato sensu e/ou stricto sensu, oferecidos por instituições de ensino e pesquisa, incorporando um componente assistencial, baseado na integração entre ensino e serviço. Objetivo: Compreender os processos e os impactos do Projeto Mais Médicos no Maranhão na qualificação de médicos para a atenção primária à saúde na perspectiva da tutoria e supervisão acadêmica. Metodologia: Trata-se de um estudo exploratório, de abordagem qualitativa. Os dados foram coletados entre agosto e outubro 2024, por meio de entrevistas semiestruturadas, aplicadas à tutores acadêmicos e supervisores que atuam no PMMB no estado do Maranhão, vinculados à Universidade Federal do Maranhão. A pesquisa foi autorizada pela Coordenação-Geral de Expansão e Gestão da Educação em Saúde do Ministério da Educação e aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário Presidente Dutra da Universidade Federal do Maranhão (HU/UFMA), sob o Parecer nº 6.793.664. Resultados: Participaram da pesquisa 24 participantes, sendo 04 tutores acadêmicos e 20 supervisores, predominando os indivíduos com a faixa etária de 30 a 39 anos (45,84%), a maioria sendo as mulheres (54,16%). Foi utilizado a técnica de análise de conteúdo de Bardin, onde emergiram 3 categorias temáticas: Percepção dos tutores acadêmicos e supervisores sobre o PMMB, propostas pedagógicas e estratégias educacionais na supervisão acadêmica do PMMB e qualificação de médicos para atenção primária sob a perspectiva da Supervisão Acadêmica do PMMB. Considerações Finais: A pesquisa permitiu compreender os processos e os impactos do Projeto Mais Médicos no Maranhão na qualificação de médicos para a Atenção Primária à Saúde (APS) na perspectiva da tutoria e supervisão acadêmica, compreendendo o importante papel da Universidade na formação dos médicos participantes para o desenvolvimento de competências que contribuam para uma APS mais integral e resolutiva.
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MARIA WILMA LACERDA VIANA
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EDUCAÇÃO E PROMOÇÃO DA SAÚDE: AVALIAÇÃO DA SAÚDE BUCAL EM
ESCOLARES DE UMA COMUNIDADE DO MUNICÍPIO DE SÃO LUÍS MA
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Data : 10/12/2024
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Introdução: Apesar dos princípios doutrinários do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil, a integralidade das ações na Atenção Primária ainda carece de investimentos, sobretudo no que se relaciona à saúde bucal da população de maior vulnerabilidade social. A cárie, uma das doenças crônicas mais prevalentes no mundo, afeta indivíduos de todas as idades e é responsável pela perda precoce dos dentes, consequentemente gerando prejuízos à saúde física e mental, pois afeta o estado nutricional, a autoestima e predispõe a infecções sistêmicas. Objetivos: Avaliar as condições de saúde bucal em escolares de uma instituição do município de São Luís - Maranhão e promover ações educativas. Metodologia: Pesquisa do tipo quantitativa e qualitativa avaliando a saúde bucal de escolares regularmente matriculados em uma unidade escolar do município de São Luís - MA. Na pesquisa quantitativa, a amostra foi aleatória simples de reposição, estimando-se duzentos e setenta alunos a partir da qual se obteve a população de conveniência para a análise qualitativa. Resultados: O estudo mostrou que os escolares apresentaram condições de higiene oral precárias e que as medidas educativas aplicadas não foram suficientes para reverter a condição encontrada na avaliação inicial. Os pais/responsáveis ressentem-se da ausência de atenção à saúde bucal na escola e acreditam que o acesso aos serviços do SUS é difícil, enquanto na iniciativa privada o custo é elevado. Conclusão: Conclui-se que a técnica de escovação, apesar de compreendida, não foi incorporada no cotidiano dos escolares por trata-se de uma população sem acesso à saúde bucal, sem programas educacionais na rotina escolar e que, portanto, necessita da implementação das políticas de saúde bucal previstas no SUS, com ações permanentes capazes de induzir a incorporação da prática da higiene oral na rotina dos escolares.
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JANAINA BORGES SILVEIRA LIMA
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ANÁLISE DOS INDICADORES DE GESTANTES DO PROGRAMA PREVINE
BRASIL NO MUNICÍPIO DE BACABAL - MA
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Data : 05/12/2024
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Introdução: O pré-natal integra as ações estratégicas no âmbito da Saúde da Mulher
na Atenção Básica, sendo de extrema relevância para a promoção da saúde maternoinfantil,
o que justifica a importância dos processos de monitoramento e avaliação por
meio do Programa Previne Brasil. Objetivo: Analisar os indicadores relacionados às
gestantes atendidas pelo Programa Previne Brasil pelas equipes de Saúde da Família
(eSF) no município de Bacabal/MA. Método: Estudo ecológico, por meio de dados
secundários dos indicadores relacionados a gestantes obtidos no período de 2020 a
2023. Os indicadores elencados foram: proporção de gestantes com pelo menos seis
consultas de pré-natal realizadas, sendo a 1ª (primeira) até a 12ª (décima segunda)
semana de gestação; proporção de gestantes que realizaram exames para sífilis e
HIV; e proporção de gestantes com atendimento odontológico realizado. Resultados:
A tendência da proporção de gestantes com pelo menos seis consultas de pré-natal
realizadas foi crescente na maioria das equipes de Saúde da Família, tanto da zona
urbana quanto da zona rural; a equipe com Indicador Nacional de Equipe (INE) 43184,
do Centro de Saúde Esperança, apresentou a maior taxa de variação (28,75). No
indicador referente à proporção de gestantes que realizaram exames para sífilis e HIV,
a maioria das equipes das zonas rural e urbana também apresentou tendência
crescente, destacando-se a equipe com INE 43109, do Centro de Saúde Bairro Areal,
que obteve a maior taxa de variação (29,43). Quanto ao indicador relacionado à
proporção de gestantes com atendimento odontológico, apenas a maioria das equipes
da zona urbana apresentou tendência crescente, enquanto, na zona rural, a maioria
das equipes demonstrou tendência estável. No entanto, a equipe com INE 1531425,
do Centro de Saúde Brejinho, na zona rural, apresentou tendência crescente com a
maior taxa de variação (55,40). Nenhuma das equipes apresentou tendência
decrescente em nenhum dos indicadores analisados. Considerações finais: A
maioria das eSF apresentou tendência crescente nos indicadores analisados e para a
melhoria dos indicadores das eSF com tendência estável, é relevante implementar
ações de maior efetividade, tanto no âmbito das práticas e serviços de saúde quanto
na gestão, visando impactos positivos na assistência pré-natal às gestantes do
município.
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RAQUEL BORGES SERRA
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PERCEPÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EQUIPE ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA SOBRE O PROGRAMA PREVINE BRASIL
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Data : 04/12/2024
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Introdução: A Atenção Primária à Saúde passou por profunda mudança com o lançamento do Programa Previne Brasil em 2019, trazendo alterações nos critérios de financiamento com a introdução de novos instrumentos de avaliação da assistência para a garantia de recursos, através dos critérios de captação ponderada, que leva em consideração o número de usuários cadastrados no Sistema Único de Saúde, o pagamento por desempenho, que avalia o alcance de indicadores pré-estabelecidos e o incentivo para ações estratégicas de saúde, como a existência de Unidades com Saúde na Hora, Unidade Móvel Odontológica, Centro de Especialidades Odontológicas e Laboratório Regional de Próteses Dentária. Objetivo: analisar a percepção dos profissionais da equipe Estratégia Saúde da Família sobre o Programa Previne Brasil. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, de abordagem qualitativa. Os dados foram coletados nos meses de janeiro a julho de 2024, por meio de entrevista semi-estruturada, com profissionais de oito equipes de Estratégia de Saúde da Família, localizadas no Município de São Luís - MA e distribuídas entres áreas urbanas e rurais dos Distritos de Saúde. As informações obtidas foram analisadas por meio da análise de conteúdo e do software IRAMUTEQ®. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (HU/UFMA), e autorizada por meio do CAAE: 75695523.2.0000.5086, parecer consubstanciado de nº 6.650.169 e Secretaria Municipal de Saúde de São Luís MA por meio da carta de anuência. Resultados: Participaram da pesquisa 32 profissionais, dentre eles, 8 (25%) Enfermeiros, 5 (15,65%) Técnicos de Enfermagem, 2 (6,25%) Dentistas, 7 (21,87%) Médicos e 10 (31,25%) Agentes Comunitários de Saúde. Todos eram mulheres (100%), com idade entre 41 e 50 anos (34,7%) e tempo de atuação na ESF entre um a mais de dez anos. Emergiram duas categorias da Classificação Hierárquica Descendente (CHD), subcorpus A e B e foram denominadas Novo financiamento da Atenção Básica e Percepção dos profissionais. Considerações finais: A pesquisa permitiu analisar a percepção dos profissionais da equipe Estratégia de Saúde da família, sobre o Programa Previne Brasil, e levantar reflexões sobre impactos que o novo modelo de financiamento trouxe para as rotinas e processos de trabalhos das equipes de eSF, podendo identificar as estratégias realizadas e as dificuldades enfrentadas.
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PAULO HENRIQUE QUEIROZ DE OLIVEIRA
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MORTALIDADE EM GESTANTES POR COVID-19 NO ESTADO DO MARANHÃO
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Data : 29/11/2024
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Introdução: No Brasil, houve aumento do número de mortes maternas em 2021 quando comparado aos anos anteriores. Segundo a Organização Pan americana de Saúde o país configurava no devido ano com taxa de letalidade por Covid 19 em mulheres gestantes de 7,2%, apesar das ações desenvolvidas pelos estados e Ministério da Saúde, com o objetivo de melhorar a assistência às grávidas e à qualidade dos dados relacionados a esse contexto. No entanto, há uma preocupação subjacente de que as taxas de letalidade e mortalidade por Covid 19 possa ser subestimada devido à subnotificação das infecções por Covid 19 entre o público em geral e em gestantes. Objetivo: Analisar a mortalidade por Covid 19 entre gestantes, no período de 2020 a 2022, no estado Maranhão. Método: Trata se de um estudo descritivo longitudinal e transversal no qual foi analisada a mortalidade entre gestantes por Covid 19 (SARS CoV 2) no período de 2020 a 2022, empregando se o método de relacionamento probabilístico de registros. Foram utilizados dados secundários provenientes dos sistemas de informação e SUS Notifica, SIVEP Gripe, SIM e SI PNI. Resultados: O SIM continha 7.670 óbitos por todas as causas básicas em mulheres de 10 a 49 anos, no período compreendido entre os anos de 2020 a 2022. Do total de óbitos, 322 foram classificados como mortes maternas e especificamente 71 foram notificadas com causa básica B34.2, confirmados para Covid 19. No período total, o percentual de óbitos materno por Covid 19 em relação ao total de óbitos materno foi de 22%. A maior parcela das mulheres que foram a óbito tinha idade entre 25 a 29 anos (25,4%) eram pardas (60,6%), solteiras (45,1%) e possuíam de oito a onze anos de estudos (47,1%). Além disso, observou se que donas de casa, trabalhadoras rurais e do comércio foram as ocupações mais frequentes e apenas 4,2% das gestantes que foram a óbito possuíam registro de vacinação no SI PNI. Os óbitos foram mais frequentes nas cidades de Imperatriz (14,1%), São Luís (12,7%), Balsas (7%) e São José de Ribamar (5,6%). Foi possível identificar ainda uma taxa de subinformação de 12,67% e uma taxa de subnotificação de 8,45%. Somando se os casos de óbitos em gestantes por Covid 19 notificados no SIM (71) mais os casos de subnotificação e subinformação encontrados na análise de Linkage (15) temos um total de 86 óbitos por Covid 19 em gestantes, o que corresponde a uma taxa de 21,12% a mais em relação às notificações oficiais. Considerações Finais: A subnotificação e subinformação de óbitos em gestantes por Covid 19 é um problema significativo e multifacetado, que pode ter implicações importantes para a saúde pública e para a gestão de crises sanitárias. Para prevenir e controlar surtos, epidemias e pandemias de maneira eficaz, é fundamental contar com informações detalhadas, atualizadas e qualificadas sobre o perfil das patologias envolvidas. Além disso, a implementação de sistemas de informação em saúde robustos e bem estruturados pode facilitar a integração e o compartilhamento de dados, promovendo uma resposta mais eficiente e coordenada a crises de saúde pública.
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JOAO BATISTA CARLOS DE SA FILHO
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AVALIAÇÃO DA PREVALÊNCIA DA ASMA APÓS INTERVENÇÃO EDUCATIVA NA ATENÇÃO BÁSICA: uma experiência em comunidade quilombola
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Data : 22/11/2024
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Introdução: A asma é uma doença respiratória crônica muito prevalente e no Brasil é considerada uma das mais altas no mundo. O subdiagnóstico e o superdiagnóstico são comuns em todos os serviços de saúde, mas a questão é particularmente preocupante na atenção primária, onde predomina a Lei de Cuidados Inversos, principalmente em comunidades quilombolas. Objetivo: Realizar uma intervenção educativa em asma na atenção básica de uma comunidade quilombola. Métodos: A pesquisa utiliza uma abordagem qualitativa e quantitativa, intervencionista e é conduzida em uma unidade de saúde básica em Itapecuru-Mirim, Maranhão. Foram aplicados 3 produtos técnicos: roteiro de atendimento médico, carteirinha do asmático e vídeo educativo sobre asma. Resultados: Dos 355 participantes triados, 41% apresentaram indicativos de asma. A análise revelou uma prevalência variando entre 10,98% e 68,42%. A intervenção resultou em 37 novos diagnósticos, sendo que antes apenas dois pacientes eram reconhecidos como asmáticos na comunidade. Além disso, os pacientes diagnosticados receberam orientações, uma carteirinha para monitoramento e assistiram a vídeos educativos. Conclusão: As intervenções educativas mostraram-se eficazes na ampliação do diagnóstico de asma e na conscientização sobre a doença em comunidades vulneráveis, destacando-se como uma estratégia replicável e economicamente viável para a atenção primária no Brasil.
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KELLY EMANUELLE DE SOUSA ARAÚJO SANTOS
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ESTRATÉGIAS PARA A MELHORIA DA ATENÇÃO À SAÚDE DE HIPERTENSOS ATENDIDOS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
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Data : 21/11/2024
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Introdução: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é um grande desafio para a saúde pública brasileira e mundial, por sua alta prevalência, e principalmente pelo alto índice de incapacidades físicas e óbitos ocorridos em decorrência de complicações da mesma. Sua prevalência é significativa na Atenção Primária à Saúde e fatores de risco como sedentarismo, tabagismo, etilismo, alimentação inadequada, obesidade, dificuldade de acesso aos serviços de saúde e má adesão ao tratamento são frequentemente identificados durante os atendimentos. Objetivo: Desenvolver estratégias para aumentar a adesão, tanto ao tratamento farmacológico quanto ao não farmacológico da HAS, e a atenção à saúde de hipertensos atendidos na Atenção Primária no Município de Caxias-Ma. Metodologia: Realizou-se uma pesquisa exploratória, descritiva, transversal de abordagem quanti-qualitativa. O estudo foi realizado nos territórios de abrangência da Atenção Primária. As variáveis de interesse foram registradas por meio de um questionário semiestruturado com perguntas diretas e entrevista dialogada. Resultados: A amostra do estudo foi composta por pacientes na faixa etária de 24 e 96 anos, predominando indivíduos na faixa etária de 50 a 79 anos (43%), mulheres (73%), estado civil casados (59%), de cor autodeclarada parda (64,3%), escolaridade com predominância do analfabetismo (39,3%) e renda familiar entre 1 e 2 salários mínimos (67,7%). Para a análise do conteúdo das entrevistas, utilizou-se a análise temática, seguindo os seguintes passos: categorização, inferência, descrição e interpretação. Como resultados foram apresentadas as seguintes dificuldades para a adesão ao tratamento: a falta de informação sobre a doença, dificuldades em adotar mudanças no estilo de vida (MEV) e uso incorreto das medicações. Além do desconhecimento do programa HIPERDIA. Conclusão: Conclui-se que a maioria dos usuários desconhecem a gravidade da doença dificultando a adesão ao tratamento da hipertensão arterial e a educação em saúde possibilita mudanças e gera autonomia aos envolvidos, além da inclusão essencial na transformação dos fatores que impactam diretamente na vida dos pacientes, especialmente nos grupos mais vulneráveis. A equipe multidisciplinar constitui-se como uma ferramenta importante para a promoção da saúde por proporcionar conhecimento aos pacientes hipertensos, tornando-os comprometidos em melhorar os hábitos de vida e incentivar o autocuidado e buscar sua autonomia.
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LAIS NOGUEIRA CHAVES CARNEIRO
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USO DA MONITORIZAÇÃO RESIDENCIAL DA PRESSÃO ARTERIAL (MRPA)
NA AVALIAÇÃO DO CONTROLE DE HIPERTENSOS
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Data : 18/11/2024
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Introdução: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma doença crônica altamente
prevalente e considerada a principal causa de doença cardiovascular e cerebrovascular, sendo
estas as principais causas de morte no Brasil. Desse modo, o controle dos níveis pressóricos é
fundamental para prevenir ou retardar o aparecimento de complicações crônicas. A despeito
disso, há uma baixa taxa de controle da doença, sendo a Medida Residencial da Pressão Arterial
(MRPA) reconhecida como instrumento não só de avaliação dos níveis pressóricos, bem como
para aumentar a adesão dos hipertensos ao tratamento. Objetivo: identificar os hipertensos não
controlados e os fatores relacionados às baixas taxas de adesão ao tratamento, a partir do uso
da MRPA. Métodos: Trata-se de um estudo prospectivo, observacional, transversal, descritivo,
com abordagem quantitativa, por meio de aferição da pressão arterial e aplicação de entrevista
estruturada a pacientes com hipertensão atendidos pela Estratégia de Saúde da Família na
Unidade Básica de Saúde Camaçari, em Imperatriz MA. Resultados: Foram incluídos 133
indivíduos no estudo. Nesta amostra, os pacientes apresentaram idade média de 62 anos. A
maioria foi composta por idosos, do sexo feminino, de cor parda, com ensino fundamental,
aposentada ou pensionista. Em cerca de 80% dos casos, as rendas familiar e do paciente foram
de, no máximo, dois salários-mínimos. A maioria estava em tratamento há mais de 5 anos
(56,4%), fazia monoterapia, não era tabagista, não fazia consumo de álcool e estava sedentária.
O risco cardiovascular foi definido como alto em 60,2% dos pacientes. A maioria deles
apresentou média ou alta adesão ao tratamento e apresentou pressão arterial controlada (64,7%).
Dos hipertensos com pressão arterial (PA) dentro da meta de controle, a maioria era do sexo
feminino e de risco cardiovascular baixo ou médio. Ainda, a maior proporção dos pacientes
com média ou alta adesão ao tratamento, segundo a Escala de Morisky, apresentou-se com PA
controlada. Além disso, o sexo masculino e o consumo de álcool foram associados à baixa
adesão ao tratamento. Considerações finais: O estudo sobre o uso da MRPA conclui que essa
ferramenta é eficaz para identificar os hipertensos controlados e os não controlados. Embora
muitos pacientes tenham atingido controle pressórico, as taxas ainda são insuficientes,
destacando a necessidade de educação em saúde e treinamento.
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GRACIARA LETICIA BEZERRA LIMA
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A importância da estratificação de risco no manejo
adequado de crianças menores de dois anos.
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Data : 06/11/2024
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Introdução: Considerando a importância do cuidado integral à criança, o Estatuto da
Criança e do Adolescente e a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança
(PNAISC) no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), a equipe de saúde pode e
deve organizar o processo de trabalho de forma a ofertar atenção equânime e integral
às crianças, utilizando os critérios de contexto familiar, as necessidades individuais e
os fatores de risco numa perspectiva sistematizada, integradora e integral. Objetivo:
Avaliar a inserção da estratificação de risco na puericultura quanto a organização dos
processos de trabalho no manejo adequado de crianças menores de dois anos e na
mortalidade infantil. Métodos: A pesquisa foi desenvolvida utilizando-se o método
quantitativo descritivo, transversal e observacional, realizado mediante coleta de dados
primários através de ficha de extração de dados e instrumento de estratificação de risco
da criança. Resultados: Em uma população de 140 crianças incluídas no trabalho foi
possível analisar a inserção da estratificação de risco na puericultura tanto na
organização dos processos de trabalho no manejo adequado de crianças menores de
dois anos, quanto na mortalidade infantil de menores de um ano. Observou-se nos
processos de trabalho que ocorreram um compartilhamento de cuidados (referência e
contra referência) adequado, uma redução de erros, uma promoção de melhores
práticas, que a equipe de saúde desenvolveu um olhar mais sensibilizado junto à
população alvo na identificação de crianças de médio e alto risco, que fatores como
problemas na gravidez e/ou parto, classificação do peso ao nascer, classificação do
APGAR e alteração de triagens tiveram significância estatística para o alto risco, bem
como identificamos uma redução da taxa de mortalidade em menores de um ano no
município de Caxias. Considerações Finais: Foi alcançado o objetivo principal da
estratificação de risco que é a vigilância contínua do crescimento e o desenvolvimento
da criança, possibilitando a identificação precoce das situações que representam risco
de adoecimento, agravamento ou morte e o devido direcionamento para as
intervenções preventivas ou de cuidado necessárias. Visto que permitiu a estruturação
de processos de trabalho, o manejo em tempo hábil de crianças com alto risco e o
controle de mortalidade infantil, sensibilizou a prática profisssional qualificada,
estimulou maior adesão da população à puericultura e a vinculação à equipe e a
unidade de saúde.
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DAVID SODRE
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BENZODIAZEPÍNICOS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE:
uma epidemia silenciosa.
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Data : 28/08/2024
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Introdução: Os benzodiazepínicos são, entre os psicotrópicos, os mais utilizados no Brasil e com maior consumo no mundo. Apresenta uso problemático considerando a frequência e o uso de forma indiscriminada e sem acompanhamento adequado. Percebe-se que cada vez mais aumenta o número de usuários que buscam o atendimento médico com o único objetivo de obter um medicamento para dormir ou para adormecer seus problemas sociais, econômicos e familiares. Objetivo: Avaliar o uso de benzodiazepínicos na Atenção Primária em Saúde no município de Olinda Nova do Maranhão. Métodos: estudo quantitativo, descritivo, retrospectivo e documental, com 61 usuários de benzodiazepínicos, realizado por meio de um questionário adaptado utilizando-se dados dos prontuários de três Unidades Básicas de Saúde da sede do município de Olinda Nova do Maranhão. A coleta de dados foi realizada no período de dezembro de 2023 a janeiro de 2024. Os dados sociodemográficos e as informações acerca dos benzodiazepínicos pesquisados foram disponibilizados em tabelas. Resultados: dos 5.717 prontuários físicos analisados, identificamos 61 usuários em uso de benzodiazepínicos, sendo 72,1% do sexo feminino, a maioria (52,5%) acima de 60 anos, 78,7% em uso de Clonazepam e 31,1% desses usuários ultrapassam o uso da medicação por mais de 1 ano. O principal diagnóstico encontrado foi de insônia para 27,9%, seguido de ansiedade (13,1%). Em relação aos efeitos colaterais, 13% relatam cefaleia. A maioria das prescrições (42,6%) foi realizada nas Unidades Básicas de Saúde por Clínico Geral. Conclusão: foi possível identificar o uso indiscriminado de benzodiazepínicos, com destaques para o Clonazepam e Diazepam, por longo período de tempo, na maioria por mulheres, acima de 60 anos e para insônia. O cuidado fragmentado, a desarticulação da Atenção Básica com a Rede de Saúde, a dificuldade dos médicos generalistas com o manejo de transtornos mentais e a pouca habilidade com esse grupo de fármacos, contribuem para essas prescrições rotineiras. É necessário capacitar os profissionais de saúde para uma intervenção apropriada visando redução dos efeitos colaterais e dependência, além da Assistência Farmacêutica mais atuante com atividades clínicas e educativas.
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