Banca de DEFESA: PAULA TAYANE COSTA SILVA
2024-01-16 13:31:55.2
Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: PAULA TAYANE COSTA SILVA
DATA: 17/01/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO: A EXPERIÊNCIA DE MULHERES NEGRAS NA FACÇÃO CRIMINOSA BONDE DOS 40 (B-40) EM SÃO LUÍS/MA
PALAVRAS-CHAVES: Mulheres Negras; Bonde dos 40; Tráfico de Drogas; Feminismo
Negro; São Luís ‒ MA.
PÁGINAS: 117
GRANDE ÁREA: Multidisciplinar
ÁREA: Interdisciplinar
RESUMO: Esta pesquisa tem como objetivo compreender a experiência de mulheres negras na
facção Bonde dos 40 (B-40) em São Luís/MA. As mulheres negras foram
historicamente excluídas de um sistema social que não as proporciona condições de
existência básica, como saúde, educação e proteção social, sendo levadas a ocupar
empregos precários ou atividades ilícitas. Elas também fazem parte do perfil do
encarceramento feminino no Brasil, as mais atingidas de forma interseccional,
marcadas por sua condição de cor, gênero e classe e consideradas indivíduos
puníveis. A pesquisa propõe uma discussão crítica interdisciplinar sobre as
opressões de gênero e raça que se entrelaçam, no intuito de compreender as
diversas formas de violência e violações contra as mulheres negras, a partir das
teorias do feminismo negro interseccional e da criminologia crítica e feminista.
Assim, parte-se do questionamento: Quais os limites e possibilidades impactam o
trabalho das mulheres negras na facção criminosa Bonde dos 40 em São Luís/MA?
A hipótese levantada foi a de que a facção criminosa proporciona à mulher negra,
periférica, com baixa escolaridade, um conjunto de acessos, prestígios, respeito e
poder que em outro contexto seria difícil de alcançar, como nos trabalhos formais.
Por meio de pesquisa bibliográfica e de procedimentos da pesquisa etnográfica
(Eklert, 2008) analisamos o lugar da mulher negra na sociedade em geral e no
comércio de drogas em São Luís. Os resultados apontam que na facção há uma
supremacia masculina que envolve relações de poder, na qual as mulheres não têm
visibilidade diante dos homens no interior da facção, expressam isso pelo receio de
falar, se expor e ter a possibilidade de ser confrontada pela organização. Nessa
direção, a negativa e o silêncio dessas mulheres estão explícitos.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1828136 - ANA CAROLINE AMORIM OLIVEIRA
Externo à Instituição - KARINA BIONDI - UEMA
Interno - 1073685 - RARIELLE RODRIGUES LIMA