Banca de QUALIFICAÇÃO: SUNSHINE CRISTINA DE CASTRO REIS
2024-07-02 10:41:30.51
Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: SUNSHINE CRISTINA DE CASTRO REIS
DATA: 18/07/2024
HORA: 15:00
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO: MUSEOLOGIA DECOLONIAL: Um olhar para o Museu de Artes Visuais do
Maranhão.
PALAVRAS-CHAVES: Museologia; Decolonialidade; Insurgências; Fratrimônios; Interdisciplinar.
PÁGINAS: 95
GRANDE ÁREA: Multidisciplinar
ÁREA: Interdisciplinar
RESUMO: A decolonialidade é um campo em construção e em disputa, tanto no aspecto teórico
quanto prático, um projeto acadêmico-político de problematização e desobediência, que
se estabelece como um enfrentamento à modulação do ser, do saber e do poder. Logo, a
sua aplicabilidade na museologia requer confrontar o status de santuário designado à
preservação da memória, que se mantém isolado da desordem do mundo, uma inversão
retórica que camufla a produção e reprodução de injustiças sociais históricas, por meio
da projeção de neutralidade que dissimula o campo de batalha ideológica, política e
econômica que está imerso. Nesse sentido, a presente investigação posiciona-se na linha
de pesquisa 2 (dois) Cultura, Educação e Tecnologia, tendo como objetivos identificar as
ações decoloniais e as contribuições para a diversidade e equidade, desenvolvidas pelo
Museu de Artes Visuais do Maranhão. Dessa forma, a pesquisa fundamenta-se em uma
investigação interdisciplinar, de caráter exploratório e descritivo, com dois níveis de
análise: o primeiro se deterá a realizar à análise do acervo disponível à contemplação e o
segundo nível tratará as análises das práticas cotidianas, adotando uma abordagem
qualitativa, com a decolonialidade como método. Além disso, faz-se uso da revisão
bibliográfica para construir um diálogo entre museologia e a decolonialidade, discutindo
a intersecção entre a História, Memória, Patrimônio Cultural e Relações de Poder, além
de apresentar um panorama histórico do pensamento museológico, assim como as
contribuições dos movimentos insurgentes na museologia. A pesquisa aborda a
complexidade do sistema simbólico, utilizando como campo de análise o acervo
permanente do Museu de Artes Visuais do Maranhão, com recorte para o espaço dedicado
aos povos originários, afro maranhenses e às mulheres, relacionando as possíveis
contribuições para o pensar e o fazer decolonial na museologia. Dessa forma, ressalta-se
a importância da insurgência na Educação Patrimonial para ruptura da colonialidade, uma
vez que promove uma política de ações e reflexões em favor da equidade, respeitando as
diferenças e os diferentes. Ademais, busca não somente dinâmicas educacionais para
além da educação formal e da museologia normativa, mas que implementem processos
educativos transformadores e promotores de criticidade. Assim, conclui-se que a
museologia decolonial está assentada em uma utopia emancipatória, que não requer
somente um giro, mas uma gira. Uma vez que a função gira é confluir múltiplas presenças
e saberes, que desfaz o desmantelo cognitivo promovido pelo carrego colonial. Um ebó
de reencarnamento que nos auxiliam a pensar nossos processos identitários, assim como
um melhor reconhecimento de nossos fratrimônios.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1357614 - CONCEICAO DE MARIA BELFORT DE CARVALHO
Externo à Instituição - IVANIA DOS SANTOS NEVES - UFPA
Interno - 1281412 - KLAUTENYS DELLENE GUEDES CUTRIM
Co-orientador - 269.258.503-87 - ROSALVA DE JESUS DOS REIS