Banca de QUALIFICAÇÃO: DANIELLE GOMES MENDES
2020-08-10 22:02:06.007
Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: DANIELLE GOMES MENDES
DATA: 25/08/2020
HORA: 15:00
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO: VOZES DO CHÃO EM VASTO MUNDO: uma análise da obra de Maria Valéria Rezende à luz da Geografia Humanista Cultural
PALAVRAS-CHAVES: Literatura brasileira. Vasto mundo. Maria Valéria Rezende.
Espaço-lugar. Pertencimento
PÁGINAS: 86
GRANDE ÁREA: Multidisciplinar
ÁREA: Interdisciplinar
RESUMO: Objetiva-se analisar a obra Vasto mundo (2001), da autora brasileira Maria Valéria
Rezende, à luz da Geografia Humanista Cultural, de viés fenomenológico. A história gira
em torno de uma pequena vila denominada Farinhada, localizado no Nordeste brasileiro.
Os moradores do vilarejo apresentam uma forte ligação com sua terra natal e por vezes
sentem dificuldades de adaptação em outros lugares longe dali, principalmente, no
contexto urbano. É o próprio chão de Farinhada quem nos revela as andanças desse povo,
bem como esquadrinha o interior de cada homem e mulher que por ele passa ou habita.
O solo seco entrega afeto maternal aos seus moradores e estabelece uma relação de
interdependência. Rezende constrói em sua obra um Nordeste generoso, embora
castigado pelo clima seco e pela pobreza, por outro lado a autora tece o seu sertão na
esperança, alegria e cultura do povo nordestino. A análise trata de uma leitura
interdisciplinar, em que será estabelecido um diálogo entre a crítica literária, a Geografia
Humanista Cultural, de base fenomenológica, e os estudos que dialogam com as temáticas
do pertencimento. Serão discutidos os conceitos de: espaço; lugar; lar; topofilia,
topofobia; apinhamento; espaciosidade; lugar-sem-lugaridade; enraizamento e alguns
sentimentos relacionados às questões espaciais vivenciadas pelos personagens da obra,
como medo e esperança. Para tal discussão, faz-se necessário o aporte teórico da
Geografia Humanista Cultural, sobretudo dos geógrafos Eric Dardel, Yi-Fu Tuan e
Edward Relph. A obra evidencia traços de uma tradição regionalista vista sob a ótica do
contemporâneo, por isso, a fim de observar a referente temáticas, serão ainda
referenciados autores de outras áreas. Da crítica literária destacam-se os apontamentos
de: Luís Bueno (2006); Alfredo Bosi (2017); Antônio Candido (2016), Massaud Moíses
(2012); Antonio Dimas (2014); Eduardo Coutinho (2019); e outros. Das contribuições de
historiadores e antropólogos evidenciam-se os trabalhos de: Durval Albuquerque Júnior
(2011); Lillian Schwartz (2012); Gilberto Freyre (1996); Lévi-Strauss (1976); Anthony
Giddens (2013); e os teóricos da memória: Maurice Halbwacks (2003) e Michel Pollak
(1992).
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 406640 - ANTONIO CORDEIRO FEITOSA
Presidente - 407290 - MARCIA MANIR MIGUEL FEITOSA
Externo à Instituição - SILVANA MARIA PANTOJA DOS SANTOS - UEMA