Banca de DEFESA: OTAVIO OLIVEIRA SILVA
2022-01-10 14:24:55.359
Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: OTAVIO OLIVEIRA SILVA
DATA: 27/01/2022
HORA: 09:30
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO: SOBRE A TEORIA DAS PAIXÕES EM THOMAS HOBBES: uma abordagem acerca do medo e da esperança na constituição do Estado no Leviatã
PALAVRAS-CHAVES: Thomas Hobbes. Leviatã. Paixões. Contenção. Estado.
PÁGINAS: 111
GRANDE ÁREA: Multidisciplinar
ÁREA: Interdisciplinar
RESUMO: Esta pesquisa pretende explicitar o percurso ético-político de uma possível teoria das paixões
para a constituição política das consequências do Estado no interior do Leviatã. A fim de
alcançar esse objetivo, o papel ocupado pelas paixões no sistema hobbesiano, Filosofia
Natural e Filosofia Política ou Civil, é objeto de problematização, isto é, filosofia natural ou
filosofia política? Isso porque, há uma tensão na relação entre a Filosofia Natural e Política
em Hobbes, marcada por uma ambiguidade de conexões no que tange à uma relação de
continuidade ou de descontinuidade entre ambas. Porém, não é meu objetivo resolver essa
questão, mas contornar essa problemática, sugerindo que desta ambiguidade de definições no
pensamento do autor, as paixões constituem consequências psicológicas centrais (o papel
inconstante do apetite ou desejo e aversão a partir da noção de Esforço) para a constituição
das consequências políticas do Estado civil no Leviatã. Além do Leviatã (2015) como obra
principal, sobretudo, as partes I Sobre o Homem e II sobre o Estado, com olhar especial sobre
o capítulo VI sobre os inícios internos dos movimentos voluntários chamados geralmente de
PAIXÕES; e os enunciados que os expressam, recorro de modo auxiliar aos Elementos da lei
(2010), o Do cidadão (2002), e o Do corpo Parte I- Computação ou lógica (2009). Esta
pesquisa está estruturada em três seções o capítulo I Movimento, Paixões e Política no
Leviatã, pretende problematizar o papel ocupado pelas paixões no sistema hobbesiano,
Filosofia Natural e Filosofia Política ou Civil? Porém, não é meu objetivo resolver essa
questão, mas contornar essa problemática, apontando um possível papel psicológico acerca
das paixões para a constituição política do Estado. No capítulo II Sobre o estado de natureza:
o medo e a esperança na formação contratual do Estado pretende-se discutir as possíveis
consequências políticas das paixões da mente, o medo e a esperança na formação contratual
do Estado, entendendo que, da diversidade de paixões que movem o homem às ações, o medo
e a esperança constituem peças chave nesse processo. No capítulo III Paixões, Contenção e
Estado no corpo político, pretende-se investigar o desempenho das paixões no interior do
Estado Civil, demonstrando que em função das Leis civis e em parte nas paixões, as ações
delas derivadas correspondem a um papel restrito de ação no Estado político. Considera-se
que, as ações humanas originadas das paixões são inconstantes. Se não há Estado regulando a
externalização das ações derivadas dos apetites ou desejos e aversões dos homens, e por
consequência, daquilo que é considerado justo e do injusto no estado de sociedade, então, os
homens discordam constantemente (por conta das diferentes opiniões e experiência dos
efeitos das ações) sobre o que é bom ou mau para a manutenção de sua vida. Embora contem
com as leis naturais, nenhuma é suficiente para frear a inconstância das paixões naturais,
surgindo entre eles, disputas, inimizades e o pior de tudo, a guerra civil. Logo, para Hobbes
nenhum caminho é mais seguro para a preservação da vida humana do que a criação e
manutenção do Estado.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - CELI HIRATA - UFSCAR
Presidente - 2821076 - FLAVIO LUIZ DE CASTRO FREITAS
Interno - 1086593 - ZILMARA DE JESUS VIANA DE CARVALHO