Banca de DEFESA: RAMISSON CORREA RAMOS
2023-01-26 15:34:55.069
Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RAMISSON CORREA RAMOS
DATA: 30/01/2023
HORA: 13:00
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO: MACHO E/OU CLIENTE? As performances e a construção dos papéis de gênero em
estabelecimentos de prostituição de mulheres no município de São Luís/ Maranhão.
PALAVRAS-CHAVES: Prostituição. Performances de gênero. Masculinidades. Clientes.
PÁGINAS: 65
GRANDE ÁREA: Multidisciplinar
ÁREA: Interdisciplinar
RESUMO: O exercício da prostituição foi definido historicamente a partir de inúmeros enfoques,
assim, demonstrando sua complexidade e, até mesmo, seu caráter imbuído de
contradições enquanto uma prática socialmente constituída. Uma vez que essa prática
aciona e envolve inúmeros atores sociais, interações, discursos, negociações e sentidos.
Em virtude disso, nesse contexto de múltiplos ângulos possíveis, a pesquisa em questão
tratará sobre a análise e compreensão em torno das masculinidades performativas
encenadas por clientes de duas casas de prostituição situadas em São Luís, capital do
estado do Maranhão. Assim, perceber se essas casas de prostituição se configuram como
locais de disputas e palco para performances assentadas em construções históricas,
culturais e sociais dos papéis de gênero (BUTLER, 2012; GOFFMAN, 2008). Para tal,
iremos nos dedicar a descrever como essas relações só são empreendidas a partir de uma
dimensão do discurso e performances que tais agentes exercem socialmente diante de
suas relações mais cotidianas, sem negar os princípios que estabelecem tais ações como
legítimas. Os seus diversos aspectos das práticas atreladas a categoria masculinidade
foram desenvolvimentos e estão amarrados em teias de significados (GEERTZ, 2012),
processos sociais, atores sociais e enfoques diversos. As masculinidades são produtos
históricos, culturais e sociais, resultantes de intrincadas elaborações, regras, normas e
processos de socialização. Além disso, nas casas de prostituição, as relações de gênero
acabam por se descortinar, tornando-se translúcidas ao se desenvencilharem das
expectativas quanto aos papéis de gênero comumente reconhecidos no seio da
sociedade. Os pudores e as convenções sociais que limitam certos comportamentos
dados aos gêneros são parodiados e encenados sem maiores reservas e embaraços, haja
vista o fato de essas casas serem espaços de sociabilidades que tem suas lógicas
próprias, negociações e padrões de interação. Para tal, esta pesquisa utiliza-se de
pesquisa de cunho qualitativo, a partir da etnografia com pesquisa de campo com
entrevistas informais, mas também articulando com pesquisa bibliográfica sobre o tema
da prostituição e gênero. Por fim, por esta pesquisa está inserida nos estudos sobre as
relações de gênero, sendo o gênero uma categoria relacional (SCOTT, 2019), tanto
quanto utilizando da pesquisa de campo, iremos abordar o máximo de sujeitos que se
inter-relacionam nestes ambientes, como: clientes, profissionais do sexo e demais
funcionários dos estabelecimentos pesquisados
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1828136 - ANA CAROLINE AMORIM OLIVEIRA
Interno - 2296805 - ARKLEY MARQUES BANDEIRA
Externo à Instituição - MARIANE DA SILVA PISANI - UFNT