Banca de DEFESA: BRUNO BOGEA LIMA
2024-01-27 10:10:55.523
Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: BRUNO BOGEA LIMA
DATA: 29/01/2024
HORA: 15:30
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO: FILOSOFIA E ANTROPOLOGIA: Uma análise sobre os conceitos de barbárie,
civilidade e razão à luz de Michel de Montaigne
PALAVRAS-CHAVES: Barbárie; Civilidade; Razão; Cultura; Novo Mundo.
PÁGINAS: 87
GRANDE ÁREA: Multidisciplinar
ÁREA: Interdisciplinar
RESUMO: A presente pesquisa, de caráter interdisciplinar, visa analisar os conceitos de barbárie,
civilidade e razão à luz da filosofia de Michel de Montaigne, objetivando expor a
compreensão singular que este desenvolve sobre esses conceitos, compreensão
constituída em oposição ao ideal de europeu civilizado, demonstrando a relação que
eles guardam com sua visão sobre os habitantes do novo mundo. Pretende-se, ainda,
apresentar a fecundidade de suas ideias, pois muito embora o filósofo francês seja
marcado pelo contexto histórico do século XVI, todavia, suas reflexões foram capazes
de sobreviver à história, mostrando-se como um pensamento ainda a ser revisitado a
guisa de possibilitar maior clareza sobre problemas da cultura contemporânea. À vista
disso, para que o edifício da pesquisa fosse construído sobre bases firmes, fez-se
necessário um estudo bibliográfico de natureza analítico, utilizando tanto fontes
primárias - à obra do autor em geral (os Ensaios, e, em particular, os ensaios Dos
canibais, Dos costumes antigos, Da educação das Crianças, Dos coxos etc.), quanto
fontes secundárias, isto é, pesquisas de comentadores, versando sobre a temática em
questão (Montaigne em Movimento; Ceticismo e Costume em Montaigne; O Eu nos
Ensaios; Montaigne e o novo mundo, dentre outras.). Nessa perspectiva, buscou-se
argumentar que Michel de Montaigne ao tratar dos conceitos de barbárie, civilidade e
razão, através de ideias apresentadas por meio de um estilo ensaístico, tanto se
contrapunha à defesa exacerbada do antropocentrismo e da ciência de seu tempo, quanto
tocava criticamente em questões imprescindíveis ao problema da cultura, expondo,
assim, opiniões não usuais no meio europeu, relativas aos povos do novo mundo, seu
modo de vida, seus costumes. Avalia-se, nesse sentido, se suas concepções, como a que
envolve a crítica feita à razão, cuja primazia, conforme Ensaios examinados, fora
descentralizada, não estariam, sob certa medida, preconizando, ainda que de forma
embrionária, a abertura para visões multiculturalistas e interculturalistas.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1828136 - ANA CAROLINE AMORIM OLIVEIRA
Externo à Instituição - FRANCISCO VALDERIO PEREIRA DA SILVA JUNIOR - UEMA
Presidente - 1086593 - ZILMARA DE JESUS VIANA DE CARVALHO