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Banca de DEFESA: AYLA CRISTINA LOPES MOURA

2024-09-17 21:51:35.366

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: AYLA CRISTINA LOPES MOURA
DATA: 01/10/2024
HORA: 09:00
LOCAL: A definir
TÍTULO: KOLOFÉ-OLORUN, ILÊ, XIRÊ: a terminologia do Candomblé em São Luís - MA
PALAVRAS-CHAVES: Glossário. Candomblé. Terminologia Cultural. Maranhão.
PÁGINAS: 129
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Lingüística
SUBÁREA: Teoria e Análise Lingüística
RESUMO: O objetivo geral desta pesquisa foi elaborar um glossário da terminologia do Candomblé usada por candomblecistas naturais de São Luís/MA a partir da abordagem da Terminologia Cultural. Alinhando-se a esse propósito, objetivou-se, mais especificamente: i) identificar termos da língua Ioruba – língua africana utilizada na comunicação em terreiros de Candomblé de “nação nagô-Ketu” – ou de línguas de outras nações presentes nessa terminologia, e também os de Língua Portuguesa que, por ventura, tenham sido criados para atender às necessidades de interação nesse contexto; ii) verificar os conceitos atribuídos a esses termos pelos filhos, filhas, mães e pais de santo; iii) buscar a etimologia dos termos coletados; e iv) investigar em quais grupos temáticos essa terminologia se organiza. O universo do Candomblé foi escolhido por ser uma manifestação religiosa de extrema importância no Maranhão e assim proporcionar um universo linguístico-cultural de uma África instituída no estado, reconstruída no contexto da diáspora, haja vista que esta religião transforma o Maranhão num dos centros de preservação da cultura africana do Brasil. E também porque não há, ainda, glossários que compilem os termos dessa religião em território ludovicense, diferentemente do Tambor de Mina, por exemplo. O referencial teórico desta pesquisa está baseado, sobretudo, nos estudos desenvolvidos por Castro (2002), Petter (1998), Souza (2007), sobre línguas africanas no Brasil; por Aragão (2010), Barros (2004), Diki-kidiri (2002, 2007, 2009), a respeito da Terminologia Cultural; por Amaral (2002), Capone (2009), Parés (2007), sobre o Candomblé no Brasil; e por Barreto (1977), Ferreira (1987), Ferretti (2000), a respeito da sobrevivência do Candomblé no Maranhão. Metodologicamente, realizou-se pesquisa bibliográfica em uma das obras publicadas por Euclides Menezes Ferreira (pai Euclides Talabyan), intitulada Candomblé a lei complexa (1990), e pesquisa de campo. Esta última foi realizada, incialmente, a partir de conversas informais estabelecidas com os contatos com adeptos do Candomblé e, posteriormente, mediante aplicação de questionário em entrevistas. Como resultados, foram coletados termos de origem africana como epô, okolofé, iabasé, ogã, que são de suma importância na interação realizada entre os adeptos da referida religião, ou seja, termos estes muitos utilizados no contexto de fala das comunidades de terreiro. Face ao exposto, este estudo pretende colaborar com os estudos terminológicos realizados no Maranhão para suprir a necessidade de pesquisas sobre as terminologias de natureza afro-religiosa usadas no Maranhão e possibilitar novas leituras sobre o Candomblé, valorizando o seu papel religioso-cultural. Almeja, ainda, ressaltar a relevância das relações estabelecidas entre o povo brasileiro e o africano para a formação das identidades desses povos, uma vez que vestígios de línguas e manifestações culturais africanas encontradas em São Luís são fatores que corroboram a indiscutível importância da contribuição africana na constituição da identidade ludovicense/maranhense.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2280287 - GEORGIANA MARCIA OLIVEIRA SANTOS
Interno - 3194478 - JOSE DE RIBAMAR MENDES BEZERRA
Externo à Instituição - HIPPOLYTE BRICE SOGBOSSI - UFS

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