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Banca de DEFESA: BIANCA SILVA FERREIRA

2024-06-14 16:21:01.36

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: BIANCA SILVA FERREIRA
DATA: 31/07/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Google Meet
TÍTULO: DA MATA AO CENTRO: Lideranças Femininas e Quebra de Coco Babaçu na Amazônia Maranhense
PALAVRAS-CHAVES: Quebradeiras de coco; Protagonismo; Trabalho; Vivências.
PÁGINAS: 90
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Sociologia
SUBÁREA: Outras Sociologias Específicas
RESUMO: Esta pesquisa tem como objetivo investigar e analisar as trajetórias das mulheres quebradeiras de coco dos povoados de Petrolina, São Felix e Coquelândia, localizados na Estrada do Arroz, zona rural da cidade de Imperatriz – MA. Destacando como a quebra de coco babaçu e os conflitos resultantes desta atividade conduziram para o protagonismo das mulheres na luta para continuar desempenhando este trabalho. Evidenciamos, como a necessidade de continuar a quebra de coco foi importante para a formação da mobilzação social e politíca, que colaborou para que as quebradeiras de coco fossem reconhecidas e se reconhecessem como sujeitas de luta. Todo o trabalho é orientado tendo como referência a seguinte questão: como a necessidade de defesa do acesso às palmeiras, contra as diversas tentativas de proibição ao longo dos anos por diferentes agentes externos, estabeleceu o seu protagonismo social e político? Utilizamos como método a história oral, e como fonte pesquisa lançamos mão de bibliografias existentes sobre o tema, utilizamos também como recurso metodológico o ponto de vista das mulheres por meio de conversas, participação em reuniões e entrevistas. Apresentamos as histórias de resistência, através da vivência contada, destacando esta como um ponto importante na construção da memória das quebradeiras que permitiu entender a construção de suas identidades enquanto quebradeiras e lideranças, ao expor suas experiências as mulheres transformam vivências em linguagem (Alberti 2006, 2013). Como base teórica foram utilizadas autoras e autores que partem de uma perspectiva decolonial para pensar o trabalho e suas relações, assim temos Aníbal Quijano (2005), Enirque Dussel (2005), Marcelo Rosa (2014); Patricia Hill Collins (2019) e bell hooks (2020) que nos auxiliam a pensar o lugar da mulher na sociedade assim como a importância da autodefinição como estratégia de emancipação. Conceitos relacionados ao feminismo camponês e popular são pensados a partir da colaboração de Calaça, Conte e Cinelli (2018). Discutimos ainda os saberes insubmissos dessas mulheres, construídos a partir de existências e da luta constante contra o fluxo continuo das relações de poder que surgem a partir do colonialismo, usando como base para análise as autoras Ângela Figueiredo (2020), Donna Haraway (2009), Maria Lugones (2014) e Lélia Gonzalez (1983, 1988 e 2020). Diante das fontes analisadas, nota-se que as mulheres quebradeiras se entendem enquanto sujeitas de transformação e que o trabalho com o babaçu é elemento importante no processo de construção de suas identidades, que é perpassada pelas lutas que as fizeram ser quem são. Assim a subjetividade do ser quebradeira para essas mulheres passou a ter sentido quando compreenderam que estavam tentando fazer com que elas, e seus saberes, deixassem de existir. Dessa maneira, as possibilidades das informações resultantes dessa pesquisa permitiram conhecer o processo de construção dos saberes que formam essas lideranças, assim como, suas estratégias de auto preservação, suas relações de trabalho e de sociabilidade.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1522596 - VANDA MARIA LEITE PANTOJA
Interno - 1075973 - KARINA ALMEIDA DE SOUSA
Externo à Instituição - KATIA BARBARA DA SILVA SANTOS - CEFET/PA

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