Banca de QUALIFICAÇÃO: LIDIELZE OLIVEIRA DOURADO
2023-07-25 15:56:33.083
Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LIDIELZE OLIVEIRA DOURADO
DATA: 31/07/2023
HORA: 14:30
LOCAL: CCH - UFMA
TÍTULO: Estudo Espaço-Temporal do Desmatamento do Bioma Amazõnica e Cerrado Maranhense.
PALAVRAS-CHAVES: Desmatamento; Bioma amazônico; Bioma cerrado.
PÁGINAS: 60
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Geografia
RESUMO: Esta pesquisa resulta do estudo do desmatamento no Maranhão a partir dos
biomas Amazônico e Cerrado com o objetivo de analisar o padrão de
desmatamento correlacionando aos principais impactos para dinâmica
ambiental e econômica do Estado. A metodologia utilizada na pesquisa
constituiu o levantamento bibliográfico para se compreender as
especificidades dos biomas e o histórico do desmatamento, os quais
posteriormente foram articulados a análise espacial e multitemporal a partir
dos dados da coleção 7.1 do MapBiomas para o período de 1985 a 2021 sendo
processado na plataforma do Google Earth Engine- GEE e Arcgis, a partir das
categorias, florestas, formação não florestal, desmatamento em Floresta
e desmatamento em formação não florestal. A partir dos dados foi possível
quantificar o desmatamento no Estado, o qual tem apresentado dinâmicas
diferenciadas nos biomas maranhenses. O bioma amazônico possui um
histórico de desmatamento associado ao modelo de colonização que vem se
intensificando desde o século XX, repercutindo até a atualidade, em que sua
intensidade está associada a vários fatores, dentre os quais está uma série de
planos, programas e projetos e ações do governo para o desenvolvimento da
região que envolveu investimentos em infraestrutura, incentivos fiscais,
impulsionando a migração e expansão da atividade produtiva evidenciando a
agricultura e a pecuária, e a disputa simultânea de muitos agentes econômicos.
Já o cerrado tem o processo de desmatamento iniciado desde o século XIX, por
meio do processo de ocupação, projetos políticos de expansão agrícola, e
posteriormente com investimentos em pesquisas nas áreas de agricultura e
pecuária transformaram o cerrado em uma área de grande potencial agrícola.
Na década de 70 tem-se o crescimento econômico voltado a exploração de
grãos e predominância das monoculturas que vem contribuindo para o
desmatamento até os dias atuais, sendo as principais ameaças para
biodiversidade da região. Essa realidade foi confirmada nos dados do
identificados na pesquisa, para o bioma amazônico, considerando o período
total de 36 anos, e a análise multitemporal, é possível observar que houveram
mudanças consideráveis na região concernente a área de floresta. No ano de
1985 a área de floresta possuía uma área de 82.349 hectare, comparando esse
dado com o ano de 2021, observa-se que a floresta apresenta uma área de
37,773 hectare, apresentando uma redução considerável de 44.576 hectare de
florestas. No bioma cerrado o ano inicial da pesquisa, 1985, a área de floresta
apresentou 77.706 hectare, obtendo uma redução de 1985 à 2021 de 44.576
hectare, pois no ano de 2021, a área de floresta corresponde à apenas 37.773
hectare, tais fatos confirmam o avanço do desmatamento no estado como
resultado dos fatores anteriormente citados. Partindo dessa primeira etapa o
trabalho propõe continuar a pesquisa com o intuito de colaborar com maiores
informações a respeito de transformações espaciais no Maranhão, e identificar
os principais impactos ambientais e econômicos, viabilizando planejamentos e
implantações de ações de recuperação de áreas degradadas, além de medidas
socioambientais favoráveis a preservação e uso sustentáveis dos recursos
naturais.
MEMBROS DA BANCA:
Co-orientador externo à instituição - CELSO HENRIQUE LEITE SILVA JUNIOR - UFMA
Presidente - 3104707 - DENILSON DA SILVA BEZERRA
Externo à Instituição - NATHÁLIA SILVA DE CARVALHO - INPE
Interno - 031.574.923-73 - TAISSA CAROLINE SILVA RODRIGUES