PGLB/CCBA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: BRUNA COSTA PINTO
DATA: 22/08/2024
HORA: 09:00
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO: OS NOVOS TEMPOS: O olhar satírico de Leandro Gomes de Barro
PALAVRAS-CHAVES: Leandro Gomes de Barros; Literatura de cordel; Sátira; Primeira República.
PÁGINAS: 123
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Letras
SUBÁREA: Literatura Brasileira
RESUMO: O início da primeira República foi marcado por muitas mudanças, pois aconteceu a transição entre o governo monárquico para o republicano, o país passou a adotar o sistema do presidencialismo, houve uma maior busca por industrialização e ideais de modernização estavam em voga, principalmente com a chegada da Belle Époque, além disso, ocorreu o fim do padroado, ou seja, a separação entre a Igreja e o Estado. O poeta popular Leandro Gomes de Barros (1865-1919), muito atento às modificações que chegavam na sociedade não deixou de repassar ao seu público essas “novidades” e fez isso, por meio das suas lentes satíricas, que mostram seu olhar, por vezes de reprovação aos novos tempos. Observando isso, selecionamos para o corpus dessa pesquisa os seguintes cordéis: A secca do Ceará [s. d], A Alma de um fiscal [19-], Pannellas que muitos mexem [s. d], O fiscal e a lagarta [19-], O governo e a Lagarta contra o fumo [19-], O imposto e a fome [1909], O povo na cruz [19-], Padre Nosso do Impôsto [s. d], e notamos nesses folhetos que o poeta manifesta sua insatisfação ao aumento dos impostos, aos mandos e desmandos do governo e seus representantes, a exemplo do fiscal e a disparidade entre as regiões do país. Já nos cordéis: As cousas mudadas [19-], As Saias calções [1911?] e o bataclan moderno [19-], apresentam críticas às mudanças principalmente em relação às mulheres, suas vestimentas e comportamentos. Já em O diabo confessando um nova seita [19-], a narrativa mostra a sátira aos protestantes e em Affonso Penna [1906], ao avanço do Imperialismo inglês. Nessa pesquisa, nosso objetivo geral é analisar a sátira ao governo republicano na obra de Leandro Gomes de Barros. Os objetivos específicos são: entender o contexto histórico da produção dos folhetos; compreender as motivações que levaram o poeta a criticar não só o governo republicano, mas também outros referentes ao seu contexto; verificar como essas perspectivas críticas são construídas em termos de construção poética; e analisar os recursos estéticos da sátira presentes nos folhetos selecionados. Para isso, dividimos esse trabalho em três capítulos: no primeiro expomos algumas conceituações do que seria a sátira e as formas que essa modalidade pode apresentar; no segundo capítulo, analisamos a sátira ao governo republicano; no terceiro capítulo (que apresenta as nossas análises preliminares), verificamos brevemente as críticas a moda e a emancipação feminina, ao avanço do imperialismo inglês e ao protestantismo. No início deste estudo, levantamos uma hipótese: a de que Gomes de Barros usa a sátira ao governo republicano e aos outros elementos sociais em decorrência da sua aversão ao moderno. Ao final deste trabalho, pretendemos verificar se essa hipótese foi validada.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 822.327.845-68 - FABIO JOSE SANTOS DE OLIVEIRA
Interno - 218.118.488-77 - FRANCO BAPTISTA SANDANELLO
Externo à Instituição - CELIA NAVARRO FLORES - UFS