Banca de QUALIFICAÇÃO: ARTHUR VINICIUS MIRANDA FURTADO
2022-09-29 10:43:32.087
Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ARTHUR VINICIUS MIRANDA FURTADO
DATA: 05/10/2022
HORA: 19:00
LOCAL: Sala virtual (Plataforma Google Meet)
TÍTULO: O silêncio como (des)fundamento da linguagem: Vattimo intérprete da
Poiesis heideggeriana.
PALAVRAS-CHAVES: Silêncio, Linguagem, Vattimo, Heidegger
PÁGINAS: 54
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Filosofia
RESUMO: A linguagem é, desde o fim do século XIX tema central da filosofia. A
razão disto envolve a necessidade de pensar o lugar da verdade para além da
consciência do sujeito isolado, preterido pela crítica transcendental. Daí o
fenômeno linguístico começa a ser lido não mais como instrumento ou recurso,
mas como o meio mesmo em que o pensamento se relaciona com os objetos do
mundo. Neste contexto, a hermenêutica filosófica ocupa lugar de destaque ao
defender o caráter interpretativo da verdade, baseado na ideia de compreensão
como diálogo vivo entre horizontes culturais em nossa vivência. A popularidade
dessa consciência de verdade hermenêutica é bem expressa em nossa
consciência comum em que se diz que: toda a experiência de verdade é
experiência interpretativa. Isto mostraria assim a associação do intérprete com a
sua verdade. No entanto, para o hermeneuta italiano Gianni Vattimo, a
popularização da hermenêutica como Koiné se revela como decaída no
irracionalismo. Para o autor, isto estaria associado a ideia de verdade da arte
herdada por uma análise classicista e antropológica da hermenêutica
gadameriana. Que pensa o verdadeiro na linguagem em função do consenso e
compartilhamento de um Ethos. Isso em função da necessidade do caráter
público verdadeiro, para superar assim o subjetivismo estético presente no
pensamento científico moderno. No entanto, para o filósofo de Turim, tal
pensamento não faz jus a ideia de verdade como abertura, originária dos
fundamentos filosóficos da hermenêutica com Martin Heidegger. Isso, na medida
em que aliena a possibilidade do originário em virtude dos discursos já dados.
Por isso, Vattimo defende que a hermenêutica não pode deixar-se ser a filosofia
das possibilidades interpretativas da verdade, mas, ela mesma, uma nova
interpretação filosófica. Para isso reclama a análise da Poeisis heideggeriana em
que se têm o silêncio como lugar do acontecer da verdade da linguagem, não
como diálogo entre horizontes já dados, mas como lugar mortalidade.
Relacionando tal ideia a quebra de referencial, realizada pelas vanguardas
artísticas. Nosso objetivo desse modo é investigar como a esta ideia de silêncio
em Heidegger corresponderia ao projeto hermenêutico de Vattimo. Para isso,
investigaremos os objetivos do seu pensamento fraco em que versa sobre o
niilismo como destino e chance (inclusive no que tange ao ocaso da arte), e como
ele se relaciona com a letra do pensamento heideggeriano sobre o pensamento
poético. Assim poderemos descrever a fundamentação niilista de uma verdade
que supere o imperialismo do significante presente na hermenêutica da Koiné.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2250592 - LUIS HERNAN URIBE MIRANDA
Externo à Instituição - ROBERTO SAVIO ROSA - UESC-BA
Interno - 2647346 - WANDEILSON SILVA DE MIRANDA