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Banca de DEFESA: CECILIA ORDONEZ

2024-10-08 15:27:12.726

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CECILIA ORDONEZ
DATA: 16/10/2024
HORA: 09:00
LOCAL: null
TÍTULO: O VIR À FALA DA OBRA DE ARTE LITERÁRIA: Uma análise hermenêutico-filosófica sobre Úrsula de Maria Firmina dos Reis
PALAVRAS-CHAVES: Filosofia. Hermenêutica. Literatura. Hans-Georg Gadamer. Maria Firmina dos Reis.
PÁGINAS: 63
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Filosofia
RESUMO: A presente dissertação trata de uma leitura do romance Úrsula (1859) da escritora maranhense Maria Firmina dos Reis sob à luz da hermenêutica filosófica de Hans-Georg Gadamer. Na hermenêutica filosófica a literatura é uma obra de arte concebida como um fenômeno que declara sua própria verdade. Carrega a verdade da palavra, a palavra criadora que ao mesmo tempo é arte e verdade posto que é linguagem e como linguagem exerce um papel fundamental na transmissão de experiências oriundas da própria existência constituídas no horizonte histórico humano. Para o hermeneuta, arte, história e linguagem são os pilares indissociáveis para o acontecer da verdade. Verdade e Método I (2015), Verdade e Método II (2002), Arte y verdade da palavra (1998), Atualidade do Belo: A arte como jogo símbolo e festa (1985), Quem sou eu e quem és tu? (2005) são obras fundamentais para apresentar a verdade a partir da experiência com a arte e responder às questões pertinentes à compreensão do romance. Considera-se a crítica de Gadamer dirigida à ciência moderna e ao método como via exclusiva de acesso à verdade como ponto de partida para consolidar a verdade da palavra poética da obra Úrsula. Como problema central indaga-se sobre qual a experiência de verdade que pode vir à fala em Úrsula?. O desvelar da verdade em Úrsula perfaz o caminho dos acontecimentos históricos que envolve desde a matriz colonial de poder na modernidade até a chegada no Maranhão, horizonte da criação da obra. Percorre sobre as dificuldades enfrentadas por uma escritora negra desconforme com as práticas de domínio colonial e patriarcal e que recorre à literatura como meio de manifestar-se contra a exploração da população negra e das mulheres. Metodologicamente a pesquisa segue o sentido desenvolvido pelo filósofo e centra-se na hermenêutica filosófica fundamentada na compreensão. A compreensão se realiza por meio de uma relação eu-tu de abertura e diálogo entre o intérprete e a obra, enquanto cultura viva que permite ser interpretada e representada na fusão de horizontes que interliga passado e presente no médium da linguagem. Por fim, a leitura hermenêutica filosófica da obra Úrsula atualiza a voz das mulheres e dos escravizados do romance para dar continuidade à reinvindicação de um espaço de abertura mútua que respeita as diferenças e que reconhece a autoridade das experiências negras e de mulheres inseridas na história, na tradição e nos preconceitos, em uma relação eu-tu pautada na reciprocidade sem resquícios dos domínios coloniais e patriarcais.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 407368 - ALMIR FERREIRA DA SILVA JUNIOR
Interno - 1062332 - LUIS INACIO OLIVEIRA COSTA
Externo à Instituição - NATÁLIA REGINA ROCHA SERPA - IFMA

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