Banca de DEFESA: ELEN SOUSA DE ABREU SILVA
2023-12-11 15:50:58.628
Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ELEN SOUSA DE ABREU SILVA
DATA: 14/12/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Auditório do PPGSA-UFMA
TÍTULO: ANÁLISE DA DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA NO ESTADO DO MARANHÃO
PALAVRAS-CHAVES: saúde pública, estudo epidemiológico, modelagem espacial, fatores de risco, lesões cutâneas.
PÁGINAS: 86
GRANDE ÁREA: Multidisciplinar
ÁREA: Interdisciplinar
SUBÁREA: Saúde e Biológicas
RESUMO: A Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) é uma doença altamente prevalente no Brasil, notadamente no estado do Maranhão. Esta enfermidade é causada por protozoários transmitidos por vetores da ordem Diptera e resulta em lesões cutâneas e mucosas. Nas últimas duas décadas, o Brasil registrou mais de 01 milhão de casos de LTA, com uma média anual de aproximadamente 53 mil casos. O aumento na incidência de LTA e o surgimento de surtos urbanos constituem um desafio para a saúde pública no país. Com o propósito de enfrentar esse desafio, foram conduzidas duas pesquisas no estado do Maranhão. O primeiro manuscrito consistiu em uma revisão de escopo, cujo objetivo foi avaliar os estudos epidemiológicos preexistentes e identificar deficiências que requerem avanços. Esta análise revelou a carência de estudos abrangentes acerca dos fatores de risco associados à LTA no estado, bem como a insuficiência de análises geográficas que visem compreender a dinâmica da doença e sua relação com o ambiente em áreas endêmicas. O perfil epidemiológico da LTA indicou que a maioria dos afetados pertence à faixa etária de 20 a 39 anos, sendo predominantemente do sexo masculino, de etnia parda, com ocupação principal na agricultura. Além disso, a forma clínica mais prevalente da doença foi a cutânea. Dessa forma, é imperativo a realização de pesquisas analíticas sobre os fatores de risco e análises geográficas com o intuito de obter uma compreensão abrangente da LTA no Maranhão. O segundo manuscrito teve como objetivo compreender a situação da LTA na região durante o período de 2017 a 2022, abordando sua distribuição geográfica e características dos casos. Os métodos empregados envolveram a coleta de dados sociodemográficos e clínico-epidemiológicos, a elaboração de mapas para visualização espacial, o cálculo de incidência, a análise de tendência temporal e a aplicação do Índice de Moran para investigação de correlações espaciais. Durante o período estudado, foram identificados 8.212 casos de Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA), com uma incidência de 19,12 casos por 100 mil habitantes. A maioria dos indivíduos afetados era composta por homens com idade entre 20 e 39 anos, de etnia parda e com baixo nível de escolaridade, sendo as lesões cutâneas a manifestação mais comum. O diagnóstico clínico-laboratorial prevaleceu, a maioria dos casos foi adquirida localmente e resultou em cura. Santa Inês apresentou o maior aumento na incidência (24,59 por 10.000 habitantes), enquanto Tufilândia registrou a menor incidência (0,66 por 10.000 habitantes). Os mapas demonstraram uma alteração na distribuição geográfica, sobretudo no leste do estado nos anos de 2021 e 2022. Conclui-se que é de suma importância a realização de monitoramentos regulares, principalmente em áreas com alta incidência de casos. Além disso, estudos relativos à ecoepidemiologia e modelagem espacial são imperativos para a compreensão das influências geográficas e ambientais na expansão da doença.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ANTONIO RAFAEL DA SILVA - UFMA
Presidente - 2222816 - ELOISA DA GRACA DO ROSARIO GONCALVES
Interno - 2326833 - JOSE AQUINO JUNIOR
Externo à Instituição - JOSE MANUEL MACARIO REBELO - UFMA