Banca de QUALIFICAÇÃO: Rafiza Felix Marão Martins
2019-05-29 16:13:27.933
Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: Rafiza Felix Marão Martins
DATA: 06/06/2019
HORA: 08:00
LOCAL: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA
TÍTULO: CRONOLOGIA DE ERUPÇÃO DENTÁRIA DECÍDUA EM QUATRO
COORTES DE NASCIMENTO BRASILEIRAS (BRISA)
PALAVRAS-CHAVES: Erupção dentária; Técnicas de Estimação; Nascimento Prematuro.
PÁGINAS: 119
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Saúde Coletiva
RESUMO: Introdução: A tabela da cronologia de erupção dentária decídua humana de Logan
(1935), modificada por McCall e Schour (1949) é aceita mundialmente como padrão
desde muito tempo, apesar de seus resultados estarem baseados em uma metodologia
imprecisa e utilizando crianças de regiões com alto nível de desenvolvimento
socioeconômico. A erupção dentária decídua é um fenômeno que segue um ritmo
cronológico e pode sofrer influência de uma série de fatores ambientais, além dos
genéticos. Dentre eles, é possível que o nascimento pré-termo esteja relacionado com o
atraso na cronologia de erupção. Objetivos: Elaborar uma curva de referência de
cronologia de erupção dentária decídua, bem como avaliar o efeito do nascimento pré-
termo na cronologia de erupção dentária decídua. Métodos: No primeiro artigo,
utilizou-se uma amostra de 3.733 crianças, entre 12 e 36 meses, provenientes das quatro
coortes de nascimento que compõem o BRISA. O delineamento do estudo foi
transversal. Elaborou-se uma curva de referência com o número de dentes erupcionados
por idade, utilizando o método GAMLSS. A variável explicativa foi a idade da corrigida
e a variável dependente foi o número de dentes erupcionados. No segundo artigo,
realizou-se um estudo de coorte, na cidade de São Luís-MA, com 1.769 crianças,
avaliadas ao nascimento (T1) e no segundo ano de vida (T2). As variáveis de exposição
foram sexo, classe econômica, cor da pele, idade corrigida ou cronológica e nascimento
pré-termo. A cronologia foi avaliada pelo número de dentes decíduos irrompidos em
T2. A associação entre nascimento pré-termo e o número de dentes irrompidos foi
avaliada por regressão binomial negativa, com análise hierarquizada. Resultados:
Observou-se uma alta variação no número de elementos erupcionados na amostra
estudada. Aos 12 meses, as crianças apresentaram uma mediana de 11 dentes na
amostra estudada. A curva de referência estima o seguinte número de dentes para os
percentis 5, 25, 50, 75 e 95 aos 12 anos de idade: 3, 5, 8 e 18 aos 12 meses; e 12, 16, 18.
19 e 20 aos 36 meses. Na análise com a idade cronológica, maior idade e cor da pele
parda foram associadas ao maior número de dentes irrompidos, enquanto o nascimento
pré-termo associou-se ao menor número. Quando corrigida a idade das crianças, o
nascimento pré-termo não permaneceu associado ao número de dentes irrompidos.
Conclusões: A estimação de número de dentes decíduos erupcionados por idade por
meio do GAMLSS foi considerada boa para elaboração de uma referência de erupção
para a população brasileira. Apesar da dificuldade de comparação com outros estudos
brasileiros por diferenças metodológicas, a cronologia parece ser semelhante aos outros
estudos. Não houve associação entre o sexo e a cronologia de erupção. A associação
entre nascimento pré-termo e atraso na cronologia da erupção parece estar relacionada à
idade das crianças, e não necessariamente ao nascimento pré-termo por si só.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1651131 - ERIKA BARBARA ABREU FONSECA THOMAZ
Interno - 551391 - FERNANDO LAMY FILHO
Externo à Instituição - MEIRE COELHO FERREIRA - UNICEUMA