Banca de DEFESA: NATÁLIA OLIVEIRA PEREIRA
2020-01-21 09:58:38.618
Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: NATÁLIA OLIVEIRA PEREIRA
DATA: 20/02/2020
HORA: 09:00
LOCAL: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
TÍTULO: Índice inflamatório da dieta na população brasileira
PALAVRAS-CHAVES: 1. Dieta 2. Consumo alimentar 3. Fatores socioeconômicos 4. População
PÁGINAS: 88
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Saúde Coletiva
SUBÁREA: Saúde Pública
RESUMO: Introdução: Mudanças negativas no padrão de consumo alimentar da população brasileira têm
ocorrido ao longo dos anos, o que representa um fator de risco para o desenvolvimento de
doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). O índice inflamatório da dieta (IID) é uma nova
ferramenta usada para avaliação do consumo alimentar e vem sendo associado ao status
inflamatório e ao desenvolvimento de DCNT. Objetivo: Avaliar o potencial inflamatório da
dieta da população brasileira e sua associação com características demográficas,
socioeconômicas e antropométricas. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, realizado
com microdados da pesquisa orçamentária familiar (POF 2008-2009). Foram incluídos no
presente estudo 32.749 indivíduos de ambos os sexos, com idade igual ou superior a 10 anos.
O consumo alimentar foi calculado a partir de registro alimentar de 2 dias não consecutivos
coletados pela POF 2008-2009. Foi determinado o índice inflamatório da dieta ajustado por
energia (IIDE). Este foi calculado a partir de 34 parâmetros alimentares e as pontuações
positivas indicam uma dieta pró-inflamatória, enquanto pontuações negativas, uma dieta anti-
inflamatória. A associação do IIDE com características demográficas, socioeconômicas e
antropométricas foi realizada a partir da análise de regressão linear multivariada. Resultados:
A mediana da idade foi de 34 anos. Houve predomínio de indivíduos do sexo feminino (52,1%),
≤9 anos de escolaridade (68,4%) e da cor parda (50,3%). A média do IIDE foi 0,94+1,44, com
variação de 4,88 a 5,87. Adolescentes obesos (β: 0,35; IC: 0,14 - 0,56) tiveram IIDE mais pró-
inflamatório. Ainda foi observado IIDE mais pró-inflamatório naqueles indivíduos com maior
renda, escolaridade e residentes nas regiões Sul e Nordeste. Além disso, aqueles com menor
escolaridade também apresentaram IIDE menos inflamatório em ambos os sexos (-0,14 homens
e -0,07 mulheres). Conclusão: Os valores do IIDE mais pró-inflamatórios foram encontrados
principalmente em indivíduos adolescentes e naqueles com maior renda e escolaridade. Esses
resultados apontam para grupos de risco quanto a adoção de uma dieta mais inflamatória, o que,
consequentemente, pode aumentar a vulnerabilidade desses indivíduos ao desenvolvimento de
doenças relacionadas à inflamação crônica de baixo grau.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2438568 - ANA KARINA TEIXEIRA DA CUNHA FRANCA
Co-orientador - 047.583.053-90 - CAROLINA ABREU DE CARVALHO - IFMA
Interno - 1210245 - CECILIA CLAUDIA COSTA RIBEIRO DE ALMEIDA
Externo à Instituição - NAIARA SPERANDIO - UFRJ