Banca de QUALIFICAÇÃO: KEZIA CRISTINA BATISTA DOS SANTOS
2023-07-06 12:40:46.553
Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: KEZIA CRISTINA BATISTA DOS SANTOS
DATA: 07/07/2023
HORA: 08:00
LOCAL: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA
TÍTULO: ASSOCIAÇÃO ENTRE ALEITAMENTO MATERNO E INTELIGÊNCIA EM ADOLESCENTES DA COORTE DE NASCIMENTOS DE SÃO LUÍS, MARANHÃO, BRASIL, 1997/1998
PALAVRAS-CHAVES: Inteligência; Aleitamento Materno; Fatores Socioeconômicos; Escalas de Wechsler; Adolescentes; Adultos.
PÁGINAS: 153
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Saúde Coletiva
RESUMO: Objetivo: descrever o desempenho em testes de inteligência e verificar a associação
com variáveis demográficas e socioeconômicas de adolescentes e adultos em três
cidades brasileiras Ribeirão Preto, Pelotas e São Luís; e analisar a associação entre
aleitamento materno e QI de adolescentes. Métodos: o primeiro artigo é um estudo
transversal realizado com dados de 12.710 adolescentes e adultos participantes de
cinco Coortes de Nascimento: Ribeirão Preto coortes de 1978/1979 e 1994, Pelotas
coortes de 1982 e 1993 e São Luís coorte de 1997/1998. O Quociente de Inteligência
(QI) foi calculado a partir da escala Wechsler Adult Intelligence Scale (WAIS-III). O
desfecho foi comparado entre e intracoortes segundo sexo, escolaridade e renda. O
segundo artigo é um estudo longitudinal com dados obtidos na terceira fase da coorte
de São Luís 1997/1998, realizada com adolescente aos 18 e 19 anos. A variável de
exposição foi o aleitamento materno e a variável de desfecho foi o QI. Foi construído
um modelo teórico utilizando o gráfico acíclico direcionado (DAG) para identificar as
variáveis do conjunto mínimo de ajuste para confundimento. Regressões lineares
múltiplas foram realizadas para a obtenção de coeficientes ajustados no software R
4.3.1. Adotou-se nível de significância de 5%. Resultados: O artigo 1 evidenciou que
adolescentes e adultos do sexo masculino, com mais anos de escolaridade (≥12
anos), renda mais alta (3º tercil) e pertencentes às famílias com chefe mais
escolarizado (≥12 anos) obtiveram as maiores médias de QI (p<0,001). Diferenças de
15,2 e 21,6 pontos no QI segundo renda e escolaridade foram observadas, enquanto
diferenças de QI entre as cidades e sexos foram de pequena magnitude. Quanto aos
resultados do artigo 2, o QI médio dos 301 adolescentes foi 99,7 pontos ± 11,2. O
tempo médio de aleitamento materno em meses foi 3,26 meses ± 3,34. Na análise
bruta, não foi identificada associação estatisticamente significativa entre o tempo de
aleitamento materno e o QI dos adolescentes. O resultado se manteve mesmo após
ajuste aos fatores de confundimento para amamentados até um mês (1,55; IC% -
3,25;6,63), dois a três meses (0,55; IC95% -4,99;6,11), quatro a seis meses (2,89;
IC95% -2,36;8,14) e mais de seis meses (-1,97; IC95% -8,37;4,42), alguma vez
amamentado (1,42; IC95% -3,33;6,19) e aleitamento materno exclusivo (0,70; IC95%
-2,46;3,88). Conclusão: As coortes apresentaram valores médios de QI aproximados.
Maiores diferenças nas médias de QI intracoortes segundo renda e escolaridade
podem indicar menor capital humano para grupos mais desfavorecidos. O aleitamento
materno não está associado ao QI dos adolescentes nessa amostra.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 176.754.643-20 - ANTONIO AUGUSTO MOURA DA SILVA
Interno - 551391 - FERNANDO LAMY FILHO
Interno - 7549183 - VANDA MARIA FERREIRA SIMOES