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Banca de QUALIFICAÇÃO: ALESSANDRA TEIXEIRA DE MACEDO

2025-08-18 10:28:36.934

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ALESSANDRA TEIXEIRA DE MACEDO
DATA: 10/09/2025
HORA: 14:10
LOCAL: Sala 01 do PPGCS - CCBS (SESSÃO PÚBLICA)
TÍTULO: Perfil clínico de fungemia em pacientes com neoplasias hematológicas em um hospital de referência de São Luís – MA, nos anos de 2022 a 2024
PALAVRAS-CHAVES: Imunossupressão; Profilaxia antifúngica; Epidemiologia hospitalar; Resistência aos antifúngicos.
PÁGINAS: 79
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Medicina
RESUMO: Nos últimos anos, as infecções fúngicas invasivas (IFIs) tornaram-se causa relevante de morbimortalidade em pacientes com neoplasias hematológicas. A dificuldade no diagnóstico precoce, aliada à resistência antifúngica emergente e à variabilidade dos agentes etiológicos, como Candida non-albicans e fungos filamentosos, agrava o cenário clínico. Fatores como uso prolongado de antifúngicos, neutropenia e internações em UTI elevam o risco de desfechos desfavoráveis. Nesse contexto, o presente estudo teve como objetivo Avaliar os aspectos clínicos de fungemia em pacientes com neoplasias hematológicas atendidos em um hospital de referência em São Luís – MA, entre os anos de 2022 a 2024. Trata-se de um estudo observacional, retrospectivo, realizado no Hospital Aldenora Bello (CACON-MA), com pacientes pediátricos e adultos diagnosticados com neoplasias hematológicas e fungemia confirmada entre 2022 e 2024. A identificação fúngica foi feita por MALDI-TOF-MS e os testes de suscetibilidade antifúngica realizados pelo sistema automatizado VITEK2 e E-testes. Foram analisados dados clínicos, microbiológicos e terapêuticos a partir de prontuários eletrônicos. Entre janeiro de 2022 e dezembro de 2024, foram diagnosticados 84 casos de fungemia em pacientes com neoplasias hematológicas no Hospital Aldenora Bello. A leucemia linfoide aguda (LLA) foi o tipo mais frequente (78% dos casos). A média de idade foi de 13,4 anos, com predominância de pacientes pediátricos e do sexo feminino (53,6%). O uso de cateter venoso central esteve presente em 96,4% dos casos, sendo o principal fator de risco, seguido pelo uso prévio de antimicrobianos (84,5%) e imunossupressão induzida por tratamento (56%). As espécies do gênero Candida foram os isolados mais frequentes, correspondendo a 92,3% (78/84). O principal agente isolado foi Candida parapsilosis, responsável por 34,5%(29/84), seguido de Candida tropicalis, que representou 20,2% (17/84). No que se refere ao tratamento, a maioria dos pacientes não recebeu profilaxia antifúngica (79,7%), e a anfotericina B foi o antifúngico mais utilizado como monoterapia (46,4%), seguida pelo fluconazol (30,9%). A taxa de mortalidade foi de 47,6%, sendo 14,3% em até 14 dias, 28,6% em até 30 dias e 57,1% após 30 dias. Os achados deste estudo evidenciam a relevância clínica da ocorrência de Fungemia em pacientes com neoplasias hematológicas, sendo uma complicação grave e multifatorial, exigindo estratégias integradas de vigilância epidemiológica, diagnóstico precoce e terapêutica baseada em testes de suscetibilidade. A implementação de protocolos de profilaxia individualizados, associados a medidas educativas e laboratoriais, é essencial para reduzir a morbimortalidade associada às infecções fúngicas invasivas neste grupo vulnerável.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 407707 - CONCEICAO DE MARIA PEDROZO E SILVA DE AZEVEDO
Externo à Instituição - MARCIA CRISTINA GONCALVES MACIEL - UnB
Externo à Instituição - MARLIETE CARVALHO DA COSTA - UNICEUMA
Interno - 1019516 - MAYARA INGRID SOUSA LIMA

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