Banca de QUALIFICAÇÃO: ANTONIO MACHADO ALENCAR JUNIOR
2025-09-23 10:08:55.548
Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANTONIO MACHADO ALENCAR JUNIOR
DATA: 29/09/2025
HORA: 09:00
LOCAL: https://meet.google.com/kkx-mspi-fgd
TÍTULO: IMUNOEXPRESSÃO DE PD-L1 EM CARCINOMA ESCAMOSO DE PÊNIS E SUA CORRELAÇÃO COM OUTROS FATORES PROGNÓSTICOS E DESFECHOS CLÍNICOS EM PACIENTES DE UMA REGIÃO DE ALTA INCIDÊNCIA
PALAVRAS-CHAVES: Carcinoma escamoso de pênis; PD-L1; Imunohistoquímica; HPV.
PÁGINAS: 55
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Medicina
RESUMO: Introdução: O carcinoma escamoso de pênis (CaPe) é uma neoplasia rara globalmente, porém altamente incidente em regiões de baixa renda, especialmente no Maranhão, Brasil, que apresenta a maior incidência registrada e possui uma proporção mais elevada de CaPe relacionado ao HPV do que a média global A expressão do ligante de morte celular programada 1 (PD-L1) tem sido estudada como marcador prognóstico e potencial preditor de resposta à imunoterapia em tumores
relacionados ao HPV, mas seus efeitos em CaPe permanecem pouco compreendidos. Objetivo: Avaliar a imunoexpressão de PD-L1 em CaPe na população do Maranhão e correlacioná-la com outros fatores prognósticos conhecidos e desfechos clínicos. Material e métodos: Análise parcial de estudo retrospectivo envolvendo 101 amostras tumorais obtidas entre 2020 e 2025 em três hospitais de referência. Foram realizadas análises histopatológicas, detecção de HPV por PCR, avaliação do infiltrado inflamatório tumoral/peritumoral e imunohistoquímica para PD-L1, sendo
avaliada a porcentagem de imunomarcação nas células tumorais, células do infiltrado imune e o escore combinado. Resultados: Dos 34 casos analisados até o momento, 70,6% foram positivos para PD-L1. Foi demonstrada correlação significativa entre PD-L1 positivo e infiltrado inflamatório moderado/acentuado (p = 0,042), mas não houve associação do PD-L1 com grau histológico, estadiamento do tumor primário e linfonodos regionais ou status de HPV. A sobrevida global mediana foi de 15,8 meses, e a sobrevida livre de recidiva de 14,6 meses, sem diferença estatisticamente significativa entre PD-L1 positivo e negativo, apesar da diferença numérica entre estes grupos. Conclusões: A expressão de PD-L1 foi mais elevada em CaPe no Maranhão do que a média global e associada a infiltrado inflamatório mais intenso, sugerindo interação entre microambiente tumoral e imunorregulação. Entretanto, não foi observada correlação com outros fatores prognósticos clássicos, status de HPV, ou sobrevida, apesar de tendência a pior sobrevida para o grupo PD-L1 positivo. Esses achados reforçam a necessidade da continuidade desse estudo para atingir sua amostra ideal calculada e avaliar adequadamente o PD-L1 como biomarcador
prognóstico e nesta população de alta incidência.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2046964 - GYL EANES BARROS SILVA
Interno - 3300875 - ANA PAULA SILVA DE AZEVEDO DOS SANTOS
Externo ao Programa - 2223025 - JOSE DE RIBAMAR RODRIGUES CALIXTO
Externo à Instituição - ISABELA WERNECK DA CUNHA - IDOR