PPGCS/CCBS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JOSIVAN REGIS FARIAS
DATA: 31/10/2025
HORA: 14:00
LOCAL: https://meet.google.com/pzt-bgff-szc
TÍTULO: Efeito do extrato de Ximenia americana L. Na candidiase vulvovaginal in silico, in vitro e in vivo
PALAVRAS-CHAVES: Ximenia americana, , Candidiase Vulvovaginal.
PÁGINAS: 62
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Medicina
RESUMO: A candidíase vulvovaginal (CVV) é uma infecção causada por diferentes linhagens de Candida, estes microrganismos são em sua grande maioria comensais da mucosa vaginal e digestiva, que podem tornar-se patógenos oportunistas. Por acometer milhões de mulheres em todo o mundo, apresentando grande desconforto, sobretudo nas relações sexuais e afetivas, além de prejudicar o desempenho laboral, a CVV é classificada como um problema de saúde pública em ascensão. Além disso, é observada a falta de politicas públicas de assistência para as mulheres que sofrem com recorrências, que pode evoluir para quadros de infecções mais graves, e as terapias baseadas nos antifúngicos cada vez mais torna-se limitante, pois o uso prolongado ou indiscriminado causa a seletividade de Candida, elevando sua resistência. Assim, é necessária a exploração de novas drogas terapêuticas com a atividade antifúngica, sobretudo, baseados nos produtos naturais provenientes de plantas medicinais, e dentre as espécies de utilização na medicina popular maranhense, Ximenia americana é utilizada no tratamento de diversas patologias. Com isso, o presente estudo investigou o potencial antifúngico e imunomodulador do extrato etanólico de X. americana (EXa) frente à C. albicans, integrando análises químicas, microbiológicas e experimentais in vivo. A caracterização fitoquímica revelou a presença significativa de compostos fenólicos e flavonoides, como catequina, rutina, kaempferol e ácido gálico, metabólitos reconhecidos por suas propriedades antimicrobianas e anti-inflamatórias. Ensaios in vitro demonstraram que o EXa exerceu inibição sobre a adesão, viabilidade celular e formação de biofilmes de C. albicans, apresentando efeito dose-dependente comparável ao miconazol. Nos biofilmes maduros, o extrato promoveu redução da biomassa e desestruturação da matriz extracelular, evidenciando um mecanismo de ação multifásico associado à permeabilização de membrana e ao aumento de espécies reativas de oxigênio intracelulares. Os experimentos in vivo, conduzidos em modelo murino de candidíase vaginal, demonstraram que a formulação tópica contendo o EXa reduziu de forma expressiva a carga fúngica e o infiltrado inflamatório, restabelecendo o equilíbrio hematológico e a integridade tecidual. Paralelamente, observou-se modulação positiva da microbiota intestinal, com redução controlada da carga bacteriana fecal, sugerindo um efeito sistêmico benéfico sobre o eixo intestino-vagina. O perfil de baixa toxicidade do EXa reforça sua segurança e viabilidade farmacológica. Em conjunto, os resultados consolidam a X. americana como uma fonte promissora de moléculas bioativas de amplo espectro, capazes de atuar de forma sinérgica na eliminação de C. albicans, na regulação imune e na preservação da microbiota benéfica. Esses achados abrem perspectivas para o desenvolvimento de terapias fitoterápicas inovadoras, seguras e sustentáveis, voltadas ao manejo de infecções fúngicas recorrentes e resistentes aos antifúngicos convencionais.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 3436173 - AFONSO GOMES ABREU JUNIOR
Externo ao Programa - 2985612 - MAYARA CRISTINA PINTO DA SILVA
Interno - 2544893 - RACHEL MELO RIBEIRO
Presidente - 306484 - ROSANE NASSAR MEIRELES GUERRA LIBERIO