Ir para acessibilidade
inicio do conteúdo

Banca de DEFESA: RODSON GLAUBER RIBEIRO CHAVES

2025-11-11 11:52:33.193

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RODSON GLAUBER RIBEIRO CHAVES
DATA: 28/11/2025
HORA: 14:30
LOCAL: https://meet.google.com/cox-kqbc-bmk?authuser=0
TÍTULO: Espécies vegetais no tratamento de úlceras diabéticas: mapeamento de evidências pré-clínicas e levantamento etnobotânico.
PALAVRAS-CHAVES: Etnofarmacologia; Plantas Medicinais; Pé Diabético; Diabetes Mellitus; Fitoterapia
PÁGINAS: 147
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Medicina
RESUMO: O Diabetes Mellitus é um distúrbio metabólico crônico caracterizado por hiperglicemia persistente, sendo o pé diabético uma de suas complicações mais graves. Esta condição decorre da neuropatia periférica e doença arterial oclusiva, frequentemente evoluindo para ulcerações e infecções. Apesar dos tratamentos convencionais disponíveis, muitos pacientes buscam alternativas terapêuticas utilizando plantas para fins medicinais. Estudos etnofarmacológicos são ferramentas importantes para identificar espécies vegetais com potencial terapêutico, além de avaliar riscos associados ao seu uso. Essa tese está dividida em dois capítulos. No capítulo 1, estão os resultados de uma revisão integrativa de estudos in vivo de plantas para cicatrização em modelos com hiperglicemia. Após a aplicação dos critérios de exclusão e inclusão, foram selecionados 142 artigos, mas apenas 51 conseguiram responder à questão norteadora proposta e foram incluídos na pesquisa. Várias espécies melhoraram o processo de cicatrização de feridas nos modelos estudados. Já no capítulo 2, foi feito um levantamento etnobotânico, realizado em serviços de saúde público e privado na cidade de Imperatriz no Maranhão. O objetivo do estudo foi realizar um levantamento etnobotânico de espécies vegetais usadas por pacientes para tratamento de lesões do pé diabético atendidos em serviços de saúde de Imperatriz-MA, Brasil, localizada na região da Amazônia Legal. Quantos aos métodos é estudo etnofarmacológico, realizado com 103 pacientes diabéticos atendidos no Ambulatório de Pé Diabético do Hospital Municipal de Imperatriz e em clínica privada, no período de novembro/2023 a maio/2024. Os dados foram coletados mediante entrevistas com questionário semiestruturado, avaliando aspectos socioeconômicos e o uso de plantas para fins medicinais. Foram aplicados índices etnobotânicos como Frequência Relativa de Citação (FRC), Valor de Importância (IVS), Valor de Consenso de Uso (UCS) e Importância Relativa (IR%). As espécies foram classificadas quanto à origem e domínio fitogeográfico e por simililaridade. Análises estatísticas descritivas e testes Qui-quadrado foram realizados com significância de 5%. Quanto aos resultados obersou-se que Dos 103 participantes, 63,1% eram do sexo masculino, 33% tinham idade ≥70 anos, 35% possuíam escolaridade de 4-7 anos e 60,2% apresentavam renda inferior a dois salários-mínimos. Do total, 86,4% utilizavam plantas medicinais e 56,3% especificamente para lesões do pé diabético. Foram identificadas 37 espécies vegetais, destacando-se Aloe vera (L.) Burm.f. (Babosa), Copaifera langsdorffii Desf. var. langsdorffii (Copaíba), Stachytarpheta cayennensis (Rich.) Vahl (Gervão), Dysphania ambrosioides (L.) Mosyakin & Clemants (Mastruz) e Momordica charantia L. (melão de São Caetano), que apresentaram os maiores índices de importância, consenso e frequência de citação. A folha foi o farmacógeno mais utilizado, a via tópica a forma de administração predominante e o cataplasma o modo de preparo mais referido. Foram relatados efeitos adversos importantes, incluindo agravamento de lesões, necrose digital, hipoglicemia e sonolência. Não houve associação estatisticamente significativa entre o uso de plantas e as variáveis sociodemográficas analisadas. O estudo evidenciou ampla utilização de plantas medicinais no tratamento do pé diabético na população estudada. A ocorrência de efeitos adversos reforça que o uso tradicional não garante segurança terapêutica. É fundamental o desenvolvimento de pesquisas clínicas que validem a eficácia e segurança dessas espécies, além da implementação de programas educativos sobre uso racional de plantas medicinais e capacitação de profissionais de saúde.
MEMBROS DA BANCA:
Co-orientador - 2116833 - ARAMYS SILVA DOS REIS
Presidente - 1149808 - DENISE FERNANDES COUTINHO
Externo à Instituição - IANE PAULA REGO CUNHA - UEMASUL
Externo ao Programa - 2569991 - LEONARDO HUNALDO DOS SANTOS
Interno - 2250598 - MARIA DO SOCORRO DE SOUSA CARTAGENES
Externo à Instituição - WELLYSON DA CUNHA ARAÚJO FIRMO - UEMASUL

fim do conteúdo