Banca de QUALIFICAÇÃO: NAYNA SABRINA VIEIRA PINTO
2025-11-12 08:59:24.724
Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: NAYNA SABRINA VIEIRA PINTO
DATA: 03/12/2025
HORA: 09:00
LOCAL: Sala 01 do PPGCS - CCBS (SESSÃO FECHADA)
TÍTULO: Efeito in vitro da cirsimarina sobre a resposta de células mononucleares (PBMC) e neutrófilos do sangue periférico
PALAVRAS-CHAVES: flavonoide; burst oxidativo; PBMC; neutrófilos.
PÁGINAS: 60
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Medicina
RESUMO: O sistema imunológico é essencial para a homeostase e a proteção contra patógenos. Contudo, desequilíbrios imunológicos podem levar a condições patológicas. A busca por moléculas moduladoras, como os flavonoides, tem ganhado destaque. A cirsimarina, um flavonoide bioativo isolado de espécies como a Scoparia dulcis L., demonstra potencial anti-inflamatório, antioxidante e imunomodulador, mas seus mecanismos moleculares em leucócitos específicos permanecem pouco elucidados. O objetivo desse trabalho foi investigar a ação in vitro da cirsimarina sobre a resposta funcional de células mononucleares do sangue periférico (PBMC) e neutrófilos. O potencial da cirsimarina foi avaliado computacionalmente usando SwissADME para propriedades físico-químicas e druglikeness, ProTox-3.0 para toxicidade, PASS para predição de atividades biológicas, e PerMM para modelagem de permeabilidade de membrana. Para os ensaios in vitro, PBMC e neutrófilos isolados de sangue periférico humano por gradiente Ficoll-Paque foram tratados com cirsimarina (5-80 μM) com ou sem ativadores (PMA, LPS, ionomicina), seguindo-se avaliações de viabilidade celular por MTT e produção de espécies reativas de oxigênio por quimioluminescência com luminol/lucigenina. A cirsimarina demonstrou um perfil de segurança favorável in silico (baixa toxicidade aguda, ausência de carcinogenicidade e mutagenicidade), porém com limitações farmacocinéticas para absorção oral devido à alta polaridade. Nos ensaios in vitro, o composto não causou toxicidade significativa em PBMCs até 48h, mas reduziu viabilidade após 72h em concentrações elevadas (20-80 μM), enquanto neutrófilos mantiveram a viabilidade em exposições curtas. Diferentemente de outros flavonoides, a cirsimarina, embora não tenha induzido produção basal de espécies reativas de oxigênio, potencializou significativamente o burst oxidativo de neutrófilos estimulados com PMA, aumentando a geração de ânion superóxido. Esse efeito sugere que a cirsimarina atua como regulador fino da resposta inflamatória, potencializando respostas induzidas sem causar ativação espontânea, o que representa uma característica desejável para desenvolvimento terapêutico.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 3300875 - ANA PAULA SILVA DE AZEVEDO DOS SANTOS
Externo à Instituição - ANDRÉ ALVARES MARQUES VALE - UFMA
Co-orientador - 1136091 - PAULO VITOR SOEIRO PEREIRA
Presidente - 2544893 - RACHEL MELO RIBEIRO