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Banca de DEFESA: KLISMAN LUCAS DE SOUSA CASTRO

2021-05-02 00:16:56.593

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: KLISMAN LUCAS DE SOUSA CASTRO
DATA: 06/05/2021
HORA: 09:00
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO: SOBRE A POSSIBILIDADE DE UM DIÁLOGO ENTRE JEAN-JACQUES ROUSSEAU E ARTHUR SCHOPENHAUER ATRAVÉS DA ESCRITA: do sentimento natural de piedade à ética da compaixão
PALAVRAS-CHAVES: Rousseau. Schopenhauer. Escrita. Piedade. Compaixão.
PÁGINAS: 129
GRANDE ÁREA: Multidisciplinar
ÁREA: Interdisciplinar
RESUMO: O objetivo do presente trabalho consiste em explicitar a aproximação entre Jean-Jacques Rousseau e Arthur Schopenhauer pelo viés da escrita. No século XVIII, com o propósito de afastar as falsas opiniões e impressões que teceram a seu respeito, Rousseau expressa o desejo de apresentar-se de modo fiel aos seus leitores contemporâneos. Para tanto, como indica Maurice Blanchot, ele desenvolve uma nova proposta de literatura que supera os moldes tradicionais literários praticados até então. A escrita autobiográfica, de acordo com Jean Starobinski, é utilizada pelo autor de Genebra para apresentar o imediato sentimento e um recurso para alcançar a desejada transparência. Por outro lado, no século XIX, após sofrer com o descrédito e esquecimento devido à essência irracionalista de sua filosofia, Arthur Schopenhauer desenvolve uma crítica literária para denunciar o declínio da escrita em seu tempo. Para ele, conforme afirma Rüdiger Safranski, essa crítica está associada à crise provocada pelo modo de pensar dos autores modernos, influenciando diretamente na degeneração da escrita e do estilo. Em função disso, Jair Barboza demonstra que o filósofo alemão está reagindo à filosofia sistemática dos pensadores pós-kantianos, que defendem a razão como princípio do mundo. Por conseguinte, ele propõe outro tipo de produção aos autores, para que pudessem estabelecer uma comunicação mais direta e honesta com os leitores. Por conta desses empreendimentos, tanto Rousseau quanto Schopenhauer sofrem com o isolamento e são submetidos a condenações, censuras e reprovações, o que permitirá compreender que a filosofia moral de ambos é fundamental para continuarem a escrever. Em linhas gerais, a relação entre o sentimento de piedade e compaixão explica a razão de persistirem em denunciar os males e vícios das sociedades nas quais estavam inseridos. Assim, pretende-se demonstrar as transformações desses conceitos morais e como funcionam no processo de identificação com a condição daqueles que sofrem. Portanto, o conjunto autobiográfico de Rousseau e a crítica de Schopenhauer à escrita representam a busca pela clareza da verdade, por meio da qual foram levados a descrever seus próprios retratos e manifestarem-se verdadeiramente aos seus leitores.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1529323 - LUCIANO DA SILVA FACANHA
Externo à Instituição - LUIZIR DE OLIVEIRA - UFPI
Interno - 407290 - MARCIA MANIR MIGUEL FEITOSA

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