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Banca de QUALIFICAÇÃO: ANGELA BARBARA LIMA SALDANHA REGO

2022-06-13 11:48:30.526

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANGELA BARBARA LIMA SALDANHA REGO
DATA: 04/07/2022
HORA: 13:00
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO: “MAS, DOUTORA, NAMORAR ALUNA É ASSÉDIO?”: UMA ANÁLISE ÉTICA DA VIOLÊNCIA DE GÊNERO NO INSTITUTO FEDERAL DO MARANHÃO
PALAVRAS-CHAVES: Violência de gênero. Instituto Federal do Maranhão. Violência ética. Feminismo Decolonial.
PÁGINAS: 113
GRANDE ÁREA: Multidisciplinar
ÁREA: Interdisciplinar
RESUMO: Busco detectar a existência de uma rede de apoio à violência de gênero no Instituto Federal do Maranhão (IFMA), a qual vem se espraiando à medida que ocorre a expansão da rede federal de ensino, em razão da publicação da Lei nº 10.789, em 2008, norma que possibilitou a interiorização da política pública e a consequente lotação de servidores advindos de diversas partes do País. Valendo-me da metodologia decolonial, proponho-me a escrita de um diário de viagem aos campi situados nos municípios de Pinheiro, Bacabal, Presidente Dutra, Caxias e Açailândia, escolhidos em razão de sua localização em cada uma das regiões geográficas intermediárias do Maranhão, buscando compreender as narrativas decorrentes da implantação da instituição na cidade e como meninas e mulheres são socializadas no respectivo campus. O que me motiva a escrever este diário é a percepção, durante a análise de processos administrativos na Procuradoria Federal do Instituto, de que a socialização de alunas no IFMA envolve, em grande medida, abordagens afetivo-sexuais pelos servidores, situação que, por desvirtuar o mister institucional, é vedada por lei, mas, ainda assim, tolerada e naturalizada pelos envolvidos e, por que não dizer, pela própria máquina estatal. Ciente de que o Estado-Nação, através de seus diversos discursos e mecanismos, inclusive jurídico-legais, reproduz a violência vivida pela população não branca e desprovida de recursos durante os tempos recuados do colonialismo, e tendo em conta que tal violência foi mais severa sobre os corpos de meninas e mulheres negras e indígenas, valho-me desta constatação transistórica para investigar os efeitos da colonialidade do ser sobre os corpos de discentes como expressão da colonialidade do poder, que até hoje se faz sentir na sociedade brasileira, pautando-me precipuamente no diálogo entre as teorias de María Lugones, Rita Segato, Lélia Gonzalez, Heleieth Saffioti, Guacira Lopes Louro, Susana de Castro, Viviane Vergueiro, Letícia Nascimento e Judith Butler. Em suma, a abordagem deste tema é condição para a ampliação ao exercício da cidadania e de capacidade crítica pelas pessoas que compõem a comunidade acadêmica, pois não se pode falar em educação, e menos ainda em emancipação de sujeitos, quando a relação institucional entre docentes e discentes é abusiva, sugerindo, por conseguinte, que a própria relação entre o Estado e o usuário da política pública educacional é, na mesma medida, violenta.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1828136 - ANA CAROLINE AMORIM OLIVEIRA
Presidente - 2243382 - CRISTIANE NAVARRETE TOLOMEI
Externo à Instituição - SUSANA DE CASTRO AMARAL VIEIRA - UFRJ

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