PGCULT/CCH

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: PAULA TAYANE COSTA SILVA
DATA: 11/07/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Sala 01 do PGCult
TÍTULO: A EXPERIÊNCIA DE MULHERES NEGRAS NA FACÇÃO CRIMINOSA BONDE DOS 40 NO BAIRRO VICENTE FIALHO EM SÃO LUÍS/MA
PALAVRAS-CHAVES: Bonde dos 40; Mulheres Negras; Tráfico de Drogas; Feminismo Negro. São Luís-MA.
PÁGINAS: 91
GRANDE ÁREA: Multidisciplinar
ÁREA: Interdisciplinar
RESUMO: A presente pesquisa tem por objetivo compreender a experiência de mulheres negras na facção criminosa Bonde dos 40 (B-40), no bairro Vicente Fialho, no município de São Luís/MA. Dessa forma, mulheres negras, pobres e com baixa escolaridade, excluídas de um sistema social que não as proporciona condições de existência básica, como saúde, educação, e proteção, passam a ocupar empregos precários legais ou a atividades ilícitas. A pesquisa propõe umadiscussão crítica interdisciplinar sobre as opressões que se entrelaçam, no intuito de compreender diversas formas de violência, utilizando o feminismo interseccional, o feminismo negro, a criminologia crítica e criminologia feminista para analisar marcadores sociais como raça, gênero e classe, que influenciam portanto, condição de pobreza vivenciadas pelas mulheres negras, que são identificadas como ocupantes permanentes da base da hierarquia social. Foi realizada uma revisão bibliográfica sobre o tema, realização de entrevistas semi-estruturadas com mulheres que participam da facção Bonde dos 40 tendo como suporte teórico-metodológico a etnografia. Eklert (2008) Além disso, pretende-se desenvolver uma pesquisa de campo de caráter exploratório com aplicação de questionários para mulheres negras que fazem parte da facção supracitada. Portanto, parte-se do seguinte questionamento: quais os limites e possibilidades impactam o trabalho das mulheres negras na facção criminosa Bonde dos 40 do bairro Vicente Fialho no município de São Luís? Dessa forma, a hipótese retrata que a facção criminosa proporciona à mulher negra, periférica, com baixa escolaridade, um conjunto de acessos, prestígios, respeito e poder que em outro contexto seria difícil de alcançar, como nos trabalhos legais. No tráfico de drogas, as mulheres conseguem exercer funções geralmente destinadas a homens, problematizando assim, a vitimização de mulheres que se envolvem com atividades criminosas (BARCINSKI, 2009). No entanto, isso não quer que elas exerçam apenas cargos com maior poder, tendo em vista que tarefas de subordinação podem ser prioritariamente desempenhadas por elas.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1828136 - ANA CAROLINE AMORIM OLIVEIRA
Interno - 1073685 - RARIELLE RODRIGUES LIMA
Externo à Instituição - KARINA BIONDI - UEMA