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Banca de DEFESA: RENATA PEREIRA ALMEIDA

2022-09-02 23:14:18.162

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RENATA PEREIRA ALMEIDA
DATA: 06/09/2022
HORA: 14:15
LOCAL: Campus Bom Jesus - Sala B15
TÍTULO: SIGNIFICADOS ATRIBUÍDOS POR FAMILIARES AO SUPORTE RECEBIDO NO ÂMBITO DA ASSISTÊNCIA ESPECIALIZADA DIRECIONADA A FISSURA LABIAL E/OU PALATINA: UM ESTUDO CLÍNICO-QUALITATIVO
PALAVRAS-CHAVES: Pesquisa Qualitativa; Fenda Labial; Fissura Palatina; Suporte Psicossocial; Cuidadores Familiares.
PÁGINAS: 106
GRANDE ÁREA: Multidisciplinar
ÁREA: Interdisciplinar
SUBÁREA: Saúde e Biológicas
RESUMO: Introdução: As alterações clínicas advindas das fissuras orais impactam tanto os pacientes quanto às suas famílias, e por isso, as etapas terapêuticas de cuidado envolvem a atuação de uma equipe multidisciplinar. Nas famílias, a condição congênita desencadeia emoções conflitantes desde o diagnóstico, nascimento até a vida adulta da pessoa com Fissuras Labial e/ou Palatina (FL/FP). Os principais sentimentos familiares envolvem frustrações, incertezas, medo e insegurança e requerem um suporte terapêutico que lhes permitam ressignificar seus papéis de cuidadores familiares. Objetivo: Explorar os significados emocionais/psicológicos atribuídos ao suporte assistencial recebido pelos familiares durante o acompanhamento especializado direcionado à criança com FL/FP. Método: Pesquisa qualitativa com o uso do Método Clínico-Qualitativo. O instrumento utilizado foi a entrevista semidirigida com questões abertas e em profundidade e anotações de campo. As entrevistas foram remotas, realizadas individualmente por meio de videochamada de Whatsapp com familiares que acompanham crianças com FL/FP no Centrinho; e gravadas em áudio na íntegra. A amostra foi intencional, composta por 11 participantes e fechada pelo critério de saturação. A etapa preliminar e coleta de dados ocorreu no período de Março a Outubro de 2021. Os dados foram submetidos ao rigor da técnica seven steps da análise Clínico-Qualitativa de Conteúdo. Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Maranhão sob o nº 4.988.512. Resultados: Em relação aos significados emocionais/psicológicos atribuídos ao suporte recebido pelos familiares na assistência especializada, foram construídas três categorias: Sentimentos dos familiares frente à assistência à saúde: lidando com o (des)conhecido e inesperado, em que foram evidenciados pelos familiares a busca pelo suporte ao luto ideal e a aceitação do filho real, a partir do cuidado recebido pelos profissionais de saúde do serviço especializado, opotunizando a ressignificação dos sentimentos de parentalidade e a ideia de cuidador familiar; Facilidades e dificuldades experienciadas em face do contato com o settings da saúde, na qual ressalta o suporte recebido como o principal facilitador no ambiente clínico, distanciando-se do conluio do anonimato pelos profissionais da saúde. Por outro lado, apesar de ter havido o reconhecimento de fragilidades assistenciais, o significado emocional se mantém nas relações interpessoais estabelecidas com os profissionais de saúde que enxergam esses familiares como alvos do cuidado tornando-os, de fato, cuidadores familiares; Perspectivas sobre o futuro: ressignificando a criança real, destaca-se o processo de ressignificação do cuidado pelos familiares, ao possibilitar expectativas positivas sobre o futuro das crianças com fissuras orais. Considerações finais: Os sentimentos de tristeza, culpa, ira, negação estiveram associados a busca pelo luto ideal. De outro modo, a inter-relação com os profissionais de saúde do Centrinho, possibilitou o processo de aceitação do filho real, por meio da sensação de acolhimento, satisfação e pertencimento pelos familiares. Ademais, esse contato permitiu o reconhecimento de mecanismos autoregulatórios no settings da saúde, sendo o suporte um fator facilitador e as barreiras de acesso ao serviço interruptores de emoções familiares frente ao duplo papel de cuidador-familiar. E ainda, o suporte recebido possibilitou ressignificar o olhar dos familiares sobre o futuro das crianças com fissuras orais. Assim, espera-se que a compreensão das relações interpessoais entre os familiares e profissionais da saúde proporcione o fortalecimento de condutas que maximizem a valorização subjetiva das demandas dos cuidadores familiares e que não se restringe a pessoa com fissuras orais.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1985061 - ADRIANA GOMES NOGUEIRA FERREIRA
Presidente - 1905982 - ISMALIA CASSANDRA COSTA MAIA DIAS
Externo à Instituição - RODRIGO ALMEIDA BASTOS - UFPR

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