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Banca de DEFESA: FRANCISCA JOZIANE DE MATOS SILVA

2024-03-21 09:12:16.64

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: FRANCISCA JOZIANE DE MATOS SILVA
DATA: 19/03/2024
HORA: 10:00
LOCAL: Virtual - google meet
TÍTULO: Mulher negra e representações do espaço: Uma análise sob a perspectiva da interseccionalidade, em Solitária de Eliana Alves Cruz
PALAVRAS-CHAVES: Espaço. Subjetividade. Mulher negra. Eliana Alves Cruz. Interseccionalidade. Solitária.
PÁGINAS: 104
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Letras
SUBÁREA: Literatura Brasileira
RESUMO: A presente dissertação tem como o objetivo principal analisar a representação da mulher negra e os espaços estruturantes na obra Solitária, de Eliana Alves Cruz, a partir das relações que perpassam as categorias sociais de gênero, raça e classe, ambos vistos sobre a perspectiva da interseccionalidade. Em vista disso, tomamos como base as seguintes perguntas norteadoras: De que modo a mulher negra é representada nos espaços delineados na obra supracitada acima, por meio da voz narrativa das personagens Eunice e Mabel, ambas protagonistas do romance? Como se configura para a mulher negra a relação estabelecida com o espaço? Para que se responda a esta problemática, traçamos como objetivo geral, analisar como as mulheres são representadas nestes espaços, levando em consideração que as problemáticas e conflitos vivenciados e experienciados por essas personagens negras apontam veemente para uma articulação entre as categorias interseccional de gênero, raça e classe; Especificamente, verificar as relações estabelecidas entre a categoria espaço e sua delimitação dentro do campo literário, bem como aspectos de sua constituição; Elucidar um aparato acerca da teoria da interseccionalidade, através de um construto histórico-cultural, político de formas e representações do lugar social ocupado pela mulher negra; por último, identificar e entender as teias de significações que são atribuídas a esses espaços estruturantes e de que maneira as mesmas demarcam os lugares socialmente construídos e naturalizados ocupados pelas mulheres negras, perpassando um imaginário dual: concreto e simbólico, ambos inter relacionados a tríade interseccional de gênero, raça e classe. Esta pesquisa, suscita debates necessários e pertinentes, a partir do momento que traz à baila, a escrita feminina de autoria negra, obtendo as vozes das mulheres negras tamanho protagonismo e lugar de fala em narrativas de suas próprias histórias, alcançando autoafirmação e empoderamento. Do ponto de vista metodológico, trata-se de uma pesquisa básica, por sua natureza e explicativa, quando se trata de seus objetivos, é bibliográfica quando se refere aos procedimentos técnicos, de abordagem qualitativa e cunho crítico-análitico. Dessa forma, apoiamo-nos e utilizamo-nos dos seguintes referenciais teóricos: Spivak Gayatri (2010); Djamila Ribeiro (2019); Angela Davis (2016); bell hooks 1 (2023), dentre outros. Concluímos que, Eliana Alves Cruz, propõe neste romance uma escrita que funciona como um mecanismo de denúncia e resistência buscando a desconstrução do imaginário acerca desses espaços estruturais, naturalizados e impostos às mulheres negras ao longo de todos os séculos percorridos da historiografia brasileira. Refletindo também, o quanto esses lugares servem para demarcar e denunciar situações de exclusão, desigualdades, silenciamentos e subalternização. As vozes das mulheres negras desta narrativa analisada marcam fortemente com o rompimento do silenciamento designado a ela, ascendendo socialmente, sendo as verdadeiras responsáveis pelas mudanças de seus destinos, libertando-se das amarras desse sistema de dominação e poder que as aprisiona, oprime e escraviza.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 797.148.381-34 - CACIO JOSÉ FERREIRA
Externo à Instituição - FRANCISCO ALVES GOMES - UFRR
Co-orientador externo à instituição - ELEN KARLA SOUSA DA SILVA - UFAM

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