Go to accessibility
Beginning of content

Banca de QUALIFICAÇÃO: IRLLA CORREIA LIMA LICÁ FONSECA

2023-03-20 10:14:00.903

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: IRLLA CORREIA LIMA LICÁ FONSECA
DATA: 13/04/2023
HORA: 14:00
LOCAL: REMOTO
TÍTULO: AVALIAÇÃO DA POLARIZAÇÃO DE MACRÓFAGOS DURANTE INFECÇÃO POR Schistosoma mansoni SAMBON, 1907
PALAVRAS-CHAVES: Cercárias; Vermes adultos; Granuloma; M1; M2.
PÁGINAS: 192
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Medicina
RESUMO: A esquistossomose humana é uma doença parasitária negligenciada de grande relevância para saúde pública, sendo causada por helmintos trematódeos da espécie Schistosoma mansoni. No curso da infecção por S. mansoni seja em seu momento inicial ou durante a evolução para a fase crônica, os macrófagos desempenham um papel crucial na regulação imunológica da doença. Estas células são conhecidas por serem altamente plásticas e podem adquirir diferentes fenótipos de acordo com os estímulos do meio ao qual estão submetidos. Os macrófagos podem ser "classicamente ativados" (M1), apresentando um fenótipo próinflamatório, e "alternativamente ativados” (M2), considerados macrófagos antiinflamatórios. Apesar da relevância dos macrófagos no controle de infecções, a participação dos tipos funcionais destas células na esquistossomose não é bem definida. Desta forma, há uma necessidade de um melhor entendimento acerca dos mecanismos imunológicos presentes na fase larvar, adulta e após postura de ovos. Assim, este estudo visou avaliar a polarização de macrófagos M1 e M2 na infecção por S. mansoni in vitro e in vivo. Inicialmente, realizou-se ensaios in vitro com macrófagos RAW 264.7 cultivados em placas de 24 poços a uma concentração de 1x106 /mL não polarizados (M0) e previamente polarizados com LPS (2000 ng/mL) e IFN-γ (100 ng/mL) para M1 e IL-4 (400 ng/mL) e IL-13 (200 ng/mL) para M2, que posteriormente foram cultivados com cercárias (10 cercárias/ poço) e vermes adultos (2 vermes/ poço) de S. mansoni. Em seguida foi avaliado se vermes adultos poderiam interferir na polarização de macrófagos previamente ativados. Para isto foram avaliados a expressão de iNOS e Arginase, a produção de óxido nítrico e de citocinas e a atividade da Arginase. Em seguida, foi realizada a avaliação in vivo para verificar a expressão de macrófagos M1 e M2 no tecido de hepáticos na infecção crônica por S. mansoni. Camundongos foram infectados com 50 cercárias de S. mansoni no dia 0 e eutanasiados no 90º dia pós-infecção. Para esse ensaio, foram utilizados os seguintes grupos: sadio (animais sem infecção) e infectado (animais infectados). In vitro, macrófagos não polarizados e os macrófagios M1 apresentaram potencial citotóxico frente a cercárias e vermes adultos de S. mansoni. Os vermes adultos, por sua vez, potencializaram a polarização de macrófagos previamente estimulados e ainda, estimularam ambos os perfis (M1 e M2) em macrófagos não polarizados. In vivo, macrófagos M2 demonstraram estar envolvidos na redução do número de granulomas hepáticos em um modelo murino de infecção crônica por S. mansoni. Esses dados, em conjunto, demonstraram que cada estágio do parasito S. mansoni pode iniciar diferentes respostas imunes frente aos macrófagos previamente polarizados e limitando danos com as reações histológicas do hospedeiro e até mesmo levando a sobrevivência do parasito, nos dando uma compreensão mais profunda do funcionamento dos macrófagos na infeção por S. mansoni, podendo auxiliar na busca por alternativas terapêuticas que possam inibir o desenvolvimento da doença e, consequentemente, evitar sua cronicidade.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - JOHNNY RAMOS DO NASCIMENTO - UNDB
Interno - 1701663 - LUCILENE AMORIM SILVA
Interno - 306484 - ROSANE NASSAR MEIRELES GUERRA LIBERIO

End of content