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Banca de QUALIFICAÇÃO: LUIS DOUGLAS MIRANDA SILVA

2023-03-20 11:32:12.54

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LUIS DOUGLAS MIRANDA SILVA
DATA: 30/03/2023
HORA: 14:00
LOCAL: REMOTO
TÍTULO: POTENCIAL TERAPÊUTICO DA POMADA DE Passiflora edulis ISOLADA OU ASSOCIADA AO ANTIMONIAL PENTAVALENTE NA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA
PALAVRAS-CHAVES: Leishmania amazonensis; Passiflora; pomada; maracujá; Th1; linfócitos; Leishmaniose; tratamento tópico.
PÁGINAS: 99
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Medicina
RESUMO: A Leishmaniose Tegumentar Americana é uma doença infeciosa causada por parasitos do gênero Leishmania. As manifestações clínicas são lesões de pele localizadas, disseminadas ou mucocutâneas. O antimoniato de N-metilglucamina é o fármaco de primeira escolha na terapia das Leishmanioses. No entanto, a toxicidade apresentada pela droga, casos de resistência do parasito e via de aplicação dolorosa, induzem a desistência do tratamento por parte dos pacientes. Nesse cenário, pesquisas buscam métodos alternativos através do uso de espécies vegetais com potencial terapêutico para Leishmaniose Tegumentar. O maracujá, Passiflora edulis, é descrito por apresentar propriedades biológicas anti-inflamatórias, antioxidantes, anti diabetes, ansiolíticas, microbicidas, leishmanicida e cicatrizante. Desta forma, visamos a formulação de bioproduto tópico à base do extrato bruto de P. edulis para o tratamento de lesões leishmanióticas em modelo murino. Inicialmente ensaios in vitro foram realizados para avaliação do efeito do extrato das folhas de P. edulis em promastigotas e amastigotas de L. amazonensis, assim como em macrófagos e eritrócitos. O segundo passo foi o preparo da formulação tópica de P. edulis à 25% do extrato bruto das folhas, para realização de testes organolépticos e de controle microbiológico. Em seguida, o protocolo de tratamento foi iniciado, após o surgimento da lesão em orelha esquerda dos camundongos infectados com L. amazonensis (5x105 /10µL de promastigotas) via intradérmica. Os animais foram separados em 5 grupos por tipo de tratamento: “infectado” sem tratamento, tratados com 0,1 mL de pomada base, antimonial pentavalente 28 mg/kg/dia (Sb+ ) por 15 dias, 0,1 mL pomada P. edulis e associado ((Sb+ ) e pomada P. edulis). O tratamento, acompanhamento e mensuração da lesão foram realizados ao longo de 4 semanas. Ao final do tratamento foram avaliados parâmetros imunológicos a fim de investigar a influência da terapia sobre: a celularidades de órgãos linfoides, parâmetros hematológicos, produção de óxido nítrico, carga parasitária e perfil fenotípico de linfócitos e macrófagos, do linfonodo e da lesão. O extrato bruto de P. edulis apresentou efeito leishmanicida para as formas promastigotas e amastigotas de L. amazonensis, induzindo morte celular por necrose para forma promastigota do parasito. Enquanto para macrófagos e hemácias, o extrato foi citotóxico apenas em maiores concentrações. A formulação da pomada de P. edulis não apresentou alterações organolépticas relevantes em teste de prateleira, e possui controle microbiológico dentro das condições impostas pela farmacopeia brasileira. Os animais tratados com P. edulis e Sb+5 (associado) apresentaram redução da área da lesão e aumento da celularidade no linfonodo, enquanto o tratamento isolado com P. edulis, apresentou aumento no número de células presentes na lesão. Houve ausência de alterações hematológicas, redução da carga parasitária e aumento da produção de óxido nítrico nos grupos tratados com a pomada P. edulis. As populações de linfócitos T auxiliares (CD3+CD4+), células apresentadoras de antígeno (IaIe+) e macrófagos (IaIe+F4/80+) estão aumentadas no linfonodo dos grupos P. edulis ou associado. Ao passo que, o perfil fenotípico das células da lesão ocorreu aumento de linfócitos citotóxicos (CD3+CD8+) e macrófagos positivos para IaIe+CD80+ ou IaIe+CD86. O conjunto destes fatores favorecem o controle da infecção por Leishmania amazonensis, principalmente pela associação de tratamento. É sugerido que o antimonial pentavalente associado a P. edulis possui efeito direto no parasito, somado ao estímulo da resposta Th1 pela ação de células apresentadoras de antígeno no microambiente da infecção. Nessa perspectiva, sugerimos que a pomada de P. edulis seja uma proposta que some ao tratamento convencional da Leishmaniose Tegumentar, levando em consideração ser um bioproduto a partir de uma espécie vegetal brasileira com potencial terapêutico.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - JOHNNY RAMOS DO NASCIMENTO - UNDB
Externo à Instituição - JOICY CORTEZ DE SÁ SOUSA - UNICEUMA
Interno - 407637 - VALERIO MONTEIRO NETO

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