PPGCS/CCBS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: NATALIA TAVARES BRAGA
DATA: 30/10/2023
HORA: 16:00
LOCAL: REMOTO
TÍTULO: DOR DA INVISIBILIDADE SOCIAL: Prevalência de dor crônica, sintomas depressivos e qualidade do sono na população em situação de rua em São Luís/MA
PALAVRAS-CHAVES: dor crônica; sem-teto; depressão; inquietação; sono.
PÁGINAS: 95
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Medicina
RESUMO: As pessoas em situação de rua, muitas vezes relegadas ao anonimato social, enfrentam desafios diários, incluindo altas taxas de dor crônica, maior propensão à depressão e distúrbios do sono. Apesar dessas questões críticas, as pesquisas sobre esse grupo vulnerável ainda são escassas, com poucos estudos abordando esses problemas em escala global. Dessa forma, o presente estudo visou determinar a prevalência de dor crônica na população em situação de rua, identificar a presença de sintomas depressivos e qualidade do sono, e suas relações com a dor. Trata-se de um estudo transversal com abordagem quantitativa, cujo tamanho amostral incluiu 603 indivíduos (545 homens e 58 mulheres) em situação de rua da cidade de São Luís/MA há, pelo menos, 1 ano nessas condições, acima de 18 anos e que não apresentassem qualquer déficit cognitivo. Os dados foram coletados através de entrevistas por meio de questionários sociodemográficos (sexo, idade, hábitos de vida, vulnerabilidade, consumo de drogas e de álcool, onde dorme, quantas refeições por dia, relações familiares, etc.) e das escalas: a) de EVA, para aferir a intensidade da dor; b) de Beck versão I, para avaliar a depressão; c) questionário DN4, para identificar dor crônica com característica neuropática; e, d) questionário Mini-Sleep, utilizado para triagem de distúrbios do sono. Os resultados obtidos apontam maior presença de pessoas em situação de rua para o sexo masculino (90,4%) com média de idade de 39,21 anos. De todos os indivíduos entrevistados, 42,1% relataram dor crônica, sendo 62,8% com características neuropáticas. Os resultados indicaram que há uma correlação positiva entre a dor (EVA) e os outros escores (DN4, Escala de Beck e Mini-Sleep): a cada aumento na intensidade da dor (EVA), aumenta em 27,2% o DN4, 18,3% a escala de Beck e 16,9% o questionário Mini-Sleep. Foi identificada, ainda, uma associação estatisticamente significativa entre o consumo da maconha e alcoolismo com a depressão (p<0,05), e o consumo de bebida alcoólica com a deterioração da qualidade do sono. Dessa forma, pode-se concluir que a população em situação de rua tem alta prevalência de dor crônica e que tem relação com depressão e prejuízo da qualidade do sono.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - JOSÉ OSVALDO BARBOSA NETO - UNICEUMA
Interno - 7549183 - VANDA MARIA FERREIRA SIMOES