PPGGEO/CCH

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: AMANDA RIBEIRO BEZERRA
DATA: 16/09/2021
HORA: 09:00
LOCAL: Ambiente Virtual
TÍTULO: A espacialização da violência contra a mulher em São Luís
PALAVRAS-CHAVES: Gênero; Geografia Feminista; Mulher; Violência; São Luís.
PÁGINAS: 188
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Geografia
SUBÁREA: Geografia Humana
ESPECIALIDADE: Geografia Urbana
RESUMO: A violência de gênero é onipresente no cotidiano e, deste modo, causa impactos sociais, econômicos, psicológicos, dentre outros; além de explicitar as múltiplas desigualdades socioespaciais. Como objeto pluridisciplinar, a discussão a partir da ciência geográfica feminista, proposta neste trabalho, nos possibilitou investigar o fenômeno da violência de gênero, suas influências nas relações socioespaciais e distribuição nos espaços intraurbanos. Portanto, o objetivo geral foi analisar a distribuição socioespacial da violência contra as mulheres em São Luís, no período de 2008 a 2019. A metodologia foi baseada no materialismo histórico e dialético como forma de compreensão e explicação do fenômeno na dinâmica urbana, subsidiada pela abordagem quantitativa e qualitativa, com o uso do Sistema de Informação Geográfica e dados secundários provenientes de diferentes órgãos públicos, entre estes, a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, a Vara Especial de Combate à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, o Centro de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência do Município de São Luís, Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos e a Sociedade Maranhense de Direitos Humanos. Os dados analisados favorecem para apreensões tanto sobre o perfil das mulheres vítimas das violências, caracterizado por maioria jovem e adulta, de 18 a 34 anos, negra, com estado civil de relacionamento longo com o agressor, desempregada e sem renda fixa, mãe de 1 ou 2 filhos, e responsável pela preservação do núcleo familiar e da criação e educação dos filhos, quanto do perfil do agressor, observando-se um número elevado de homens adultos, que tiveram acesso a algum grau de educação formal, com empregos e renda fixa acima de 1 salário mínimo e sem dependência de álcool ou substância psicoativa. A dinâmica espacial da violência de gênero, no período analisado, revelou a distribuição do fenômeno de diversas formas nos bairros de São Luís, sobretudo, entre os mais pobres e periféricos em razão da materialização da segregação socioespacial. Todavia, tal característica não significa que a violência não esteja nos bairros com população de maior renda, mas sim, que as mulheres mais pobres utilizam mais os serviços públicos ofertados pelo Estado. A partir do mapeamento das violências contra as mulheres, a pesquisa evidenciou que este fenômeno está banalizado em função dos valores e instituições culturais que o perpetuam, confirmando o pressuposto que a violência está espraiada nos diversos espaços intraurbanos de São Luís.
MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 1115710 - AMANDA GOMES PEREIRA
Interno - 2018917 - SAVIO JOSE DIAS RODRIGUES
Presidente - 2250583 - ZULIMAR MARITA RIBEIRO RODRIGUES