PPGGEO/CCH

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: VERUSKA COSTA DE JESUS
DATA: 05/11/2021
HORA: 09:00
LOCAL: Ambiente Virtual
TÍTULO: ANÁLISE DA GEOMORFOLOGIA FLUVIAL DA BACIA DO RIO PREGUIÇAS: Padrões de drenagem na região dos Lençóis Maranhenses
PALAVRAS-CHAVES: Geomorfologia fluvial. Padrões de drenagem. Bacia do rio Preguiças. Maranhão.
PÁGINAS: 146
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Geografia
RESUMO: Dentro dos sistemas naturais, as bacias hidrográficas constituem os exemplos mais ricos da interação de forças endógenas e exógenas que agem sobre a superfície terrestre. Em especial, tem-se a rede de drenagem, que representa um indicador das mudanças ocorridas ao longo do tempo na paisagem deste sistema. Dentro desta perspectiva, este estudo tem como objetivo caracterizar e analisar a configuração do sistema morfológico fluvial da bacia do rio Preguiças (MA), que se localiza na região dos Lençóis Maranhenses, visando a proposição da classificação do padrão de drenagem. A metodologia envolveu a análise da geologia e do arcabouço estrutural regional; o uso de imagens de sensores remotos e de técnicas de geoprocessamento; a caracterização espacial da rede de drenagem; a mensuração de variáveis morfométricas; e as análises sedimentológicas. Os resultados destas análises evidenciaram a heterogeneidade do padrão de drenagem nas porções do alto, médio e baixo curso da bacia do rio Preguiças, onde para melhor caracterização e classificação do padrão de drenagem seis zonas homólogas foram definidas. A classificação resultou em: Zona I – ‘desarranjado eolicamente’ pela maior interferência do aporte eólico na construção deste padrão; Zona II – ‘subparalelo interdunar’ pelo caráter alongado e quase paralelo dos canais que escoam em vale interdunar; Zona III – ‘retangular’ pela alta influência estrutural evidenciada por canais retilíneos; Zona IV – ‘subdendrítico semi-orientado’ pelo baixo controle estrutural com características dendríticas; Zona V – ‘treliça-pinada’ pelo aspecto organizacional dos canais; e Zona VI – ‘farpado’ pela evidência de reativamento tectônico através dos canais invertidos. Estas classes foram definidas com base na forma em que se dispõem na paisagem, nos aspectos litológicos e estruturais, e nos processos que ocorrem na região. Algumas características regionais tornam a bacia do rio Preguiças singular, entre os quais: o contexto litológico e estrutural, que é compreendido por duas bacias sedimentares distintas; a presença dos depósitos superficiais de aporte eólicos inconsolidados, do Pleistoceno e Holoceno; as oscilações climáticas ocorridas no Quaternário, que permitiram o desenvolvimento de formas de relevo que permanecem na paisagem atual como formas herdadas; a atuação de processos continentais e costeiros; e por fim, o fluxo de energia e matéria interagindo em direções opostas por meio do ciclo sedimentar movido pela ação fluvial, que transporta sedimento na direção SW-NE, e o ciclo sedimentar movido pela ação eólica, que transporta sedimento na direção NE-SW. Estas características contribuem para construção e evolução de distintos padrões de drenagem, que são controlados por fatores lito-estruturais e pelos processos responsáveis pela a evolução do relevo.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 032.772.673-34 - ANTONIO CORDEIRO FEITOSA - UFMA
Presidente - 1930549 - HELEN NEBIAS BARRETO
Externo ao Programa - 2079165 - LEONARDO GONCALVES DE LIMA