???iracessibilidade???
???inicioConteudo???

Banca de DEFESA: JOÃO VITOR CUNHA LOPES

2023-08-29 08:23:29.202

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JOÃO VITOR CUNHA LOPES
DATA: 29/09/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Centro de Ciências de Bacabal (CCBa/UFMA)
TÍTULO: AVALIAÇÕES (SOCIO)LINGUÍSTICAS SOBRE OS PRONOMES PESSOAIS DE SEGUNDA PESSOA DO SINGULAR NA FALA DE MARANHENSES
PALAVRAS-CHAVES: Avaliação Sociolinguística; Bacabal; São Luís; Tu; Você.
PÁGINAS: 116
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Lingüística
SUBÁREA: Sociolingüística e Dialetologia
RESUMO: Esta dissertação, apoiando-se nos pressupostos teórico-metodológicos da Sociolinguística Variacionista (Weinreich, Labov, Herzog, 2006 [1968]; Labov, 2006 [1966]; 2008 [1972]; Eckert, 2012; Oushiro, 2015, entre outros), propõe-se a analisar os metacomentários sobre o falar maranhense, com o intuito de acessar quais avaliações sociolinguísticas emergem do discurso dos falantes em relação ao discurso de que os maranhenses falam a melhor variedade do português brasileiro, tendo como foco de análise a variável linguística pronomes pessoais de segunda pessoa do singular, em especial a realização do pronome pessoal “tu”, considerada popularmente como uma característica peculiar do falar maranhense, responsável, em alguma medida, pela manutenção do discurso de que os maranhenses falam o melhor português, ao lado do pronome “você” que apresenta um crescente uso entre os ludovicenses (Alves 2010, Carneiro, 2011). Inicialmente, realizou-se uma análise de áudios e transcrições de entrevistas sociolinguísticas que compõem duas amostras de fala: ludovicense e bacabalense. A amostra ludovicense foi construída por Santos (2015), enquanto a bacabalense foi construída por Lopes (2019). Os resultados dessa análise evidenciaram que os bacabalenses não apresentaram muitos metacomentários tão explícitos sobre a sua própria forma de falar. Por outro lado, os ludovicenses, relativamente aos bacabalenses, foram muito mais produtivos quanto à apresentação de metacomentários sobre a sua forma de falar e evidenciaram, em alguma medida, a crença de que os maranhenses e, principalmente os ludovicenses, falam o melhor português do Brasil. Além disso, apresentaram a utilização do pronome “tu” como uma marca ludovicense. Alguns, ainda, apresentaram uma avaliação negativa sobre o uso do pronome “você”. A partir da análise inicial dessas entrevistas sociolinguísticas, propôs-se a construção de uma amostra de avaliações sociolinguísticas de bacabalenses, para fins de complementação da amostra bacabalense e comparação com a amostra ludovicense. Nesse sentido, elaborou-se um roteiro de entrevista semiestruturado que possibilitasse suscitar metacomentários sobre o falar maranhense, sobre algumas variáveis linguísticas, a fim de verificar se emerge, desses metacomentários, discursos sobre a forma de falar dos maranhenses. As análises dessas últimas entrevistas revelaram que, quando instigados mais diretamente sobre o discurso da supervalorização do português maranhense, os bacabalenses apresentam uma avaliação positiva desse discurso, assim como os ludovicenses. No entanto, sobre o uso dos pronomes, ainda que o uso do pronome “tu” tenha sido considerado como normal entre os bacabalenses, constata-se uma pequena vantagem da avaliação positiva do uso do pronome “você”. Por fim, ao comparar as avaliações sociolinguísticas de ludovicenses e bacabalenses, este trabalho colabora com a ampliação da descrição sociolinguística do português maranhense, especialmente, no sentido de apresentar como os maranhenses avaliam a sua própria variedade.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2248124 - WENDEL SILVA DOS SANTOS
Interno - 1250641 - LUIS HENRIQUE SERRA
Externo à Instituição - WELLINGTON SANTOS DA SILVA - USP

???fimConteudo???