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Banca de DEFESA: MIRNA ROCHA SILVA

2024-02-15 11:04:34.266

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MIRNA ROCHA SILVA
DATA: 27/02/2024
HORA: 14:00
LOCAL: https://meet.google.com/ciz-ygtv-hek
TÍTULO: AS MORTES QUE REVELAM AS COLONIALIDADES NA POÉTICA DA ESCRITORA MARANHENSE MARIANA LUZ
PALAVRAS-CHAVES: Murmúrios. Folhas soltas. Mariana Luz. Morte. Literatura de resistência. Colonialidades/Decolonialidade.
PÁGINAS: 93
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Letras
RESUMO: Com a preocupação de refletir a literatura maranhense como espaço simbólico das representações e temas e, sobretudo, de colocar em tela discussão que permita a visibilidade dos sujeitos marginalizados, em especial, dos corpos considerados não-hegemônicos pelo sistema-mundo moderno/colonial/capitalista/patriarcal como as pessoas idosas, com deficiência, doentes e mulheres, opta-se pela obra da escritora maranhense Mariana Luz (1871-1960). Observando com atenção a fortuna crítica acerca da obra luziana, não há leitura pormenorizada sobre como as mortes (simbólica e física), dos sujeitos subalternizados, revelam as colonialidades da sociedade brasileira, estruturada a partir da Matriz Colonial de Poder (MCP), na produção poética da autora. Em face disso, para realizar este trabalho, opta-se pela proposta dos estudos decoloniais como agência de análise para entender como o oprimido, diante da lógica colonial da desumanização, perde sua identidade e sucumbe. Assim, para responder à problemática “Como as mortes dos sujeitos subalternizados revelam as colonialidades na obra poética de Mariana Luz?”, como corpus, foram selecionados nove poemas das obras Murmúrios (1960) e Folhas soltas (2014), da autora maranhense, com o objetivo geral de investigar de que modo a poesia luziana pode ser tomada como de resistência, uma vez que transforma a literatura como instrumento de análise social. E, de forma específica, primeiro, analisa-se como Mariana Luz pode ser considerada um sujeito decolonial ao desligar-se da MCP mediante o movimento de publicação; segundo, analisa-se como as mortes simbólica e física dos sujeitos subalternizados, na obra poética luziana, desvelam as colonialidades nas interseccionalidades de raça, gênero, classe, etariedade; e, por último, centrado na colonialidade de gênero, observa-se as mortes do sujeito feminino na sociedade patriarcal brasileira, em especial, maranhense. Nesse sentido, para a realização desta pesquisa de classificação básica, seguiu-se as seguintes etapas: (i) pesquisa bibliográfica acerca dos estudos decoloniais, literatura maranhense e fortuna crítica das obras de Mariana Luz por meio de levantamento bibliográfico e revisão de literatura; (ii) pesquisa documental na visita ao acervo digital da Biblioteca Pública Benedito Leite, de São Luís; (iii) quanto à abordagem, a pesquisa é qualitativa, pois não se preocupa com representatividade numérica e sim com o aprofundamento da compreensão do objeto, ou seja, a análise do corpus. A fundamentação teórica baseia-se em estudiosos decoloniais como Aníbal Quijano (2005, 2007, 2009), Walter Mignolo (2007, 2017 2021), Bernardino-Costa, Maldonado-Torres e Grosfoguel (2020), Lélia Gonzalez (2018, 2019, 2020), Maria Lugones (2014, 2020), Heleieth Saffioti (1987, 2002), entre outros; acerca da obra luziana, Jucey Santana (2014), José Neres (2017), Gabriela Santana e Rafael Quevedo (2018), Cristiane Tolomei (2019) e Gabriela Santana (2021); e Alfredo Bosi (1987, 2002) e Antonio Candido (2009, 2011) a respeito da literatura de resistência e de seu papel social. Diante disso, verificou-se como Mariana Luz desestabilizou pré-conceitos sobre os sujeitos oprimidos, reexistindo, além da perspectiva colonizante, tanto como pessoa quanto escritora. Ademais, observou-se como a obra poética luziana, por meio da temática da morte, desvela as colonialidades que hierarquizam, desumanizam e matam os sujeitos coloniais.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2243382 - CRISTIANE NAVARRETE TOLOMEI
Interno - 1070846 - RUBENIL DA SILVA OLIVEIRA
Externo à Instituição - FLÁVIA ANDREA RODRIGUES BENFATTI - UFU

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