Banca de QUALIFICAÇÃO: CRISTIANE MICHELE SAMPAIO CUTRIM
2021-03-09 10:33:12.797
Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CRISTIANE MICHELE SAMPAIO CUTRIM
DATA: 10/03/2021
HORA: 15:00
LOCAL: Plataforma Google Meet
TÍTULO: PERFIL DAS CITOCINAS INFLAMATÓRIAS NA CO-INFECÇÃO
LEISHMANIA/HIV NO ESTADO DO MARANHÃO, BRASIL
PALAVRAS-CHAVES: Maranhão, Leishmaniose visceral, AIDS.
PÁGINAS: 44
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Saúde Coletiva
RESUMO: Leishmaniose Visceral (LV) e HIV/AIDS são graves problemas de saúde pública no
Estado do Maranhão, considerando-se a análise isolada dessas doenças, bem como os
casos de pacientes co-infectados com Leishmania infantum e HIV. Diversas evidências
têm demonstrado que os patógenos de ambas as doenças parecem interagir de forma
sinérgica, levando a um agravamento nas manifestações clínicas nos pacientes. Isso pode
ser explicado pela interação parasito-hospedeiro, considerando-se o perfil de virulência
dos patógenos, assim como alguns componentes específicos do hospedeiro, de forma
particular os aspectos imunológicos, refletidos na resposta imune inata e adaptativa.
Assim, o objetivo desse trabalho foi avaliar o perfil de produção das citocinas
inflamatórias na coinfecção Leishmania/HIV no Estado do Maranhão - Brasil. A pesquisa
trata-se de estudo descritivo do tipo comparativo-transversal realizado com 37 indivíduos
com leishmaniose visceral e 37 indivíduos co-infectados LV/HIV, atendidos no Hospital
de referência estadual em doenças infecto-parasitárias em São Luís (MA). Desses
pacientes, foram obtidas informações epidemiológicas, bem como realizada a coleta
sorológica para avaliar a produção de citocinas inflamatórias, detectadas por citometria
de fluxo. Do ponto de vista epidemiológico, os indivíduos do sexo masculino
representaram 86,5% dos pacientes coinfectados e 97,2% dos não co-infectados; a
letalidade e as recidividas clínicas foram significativamente maior nos pacientes co-
infectados, 13,5% e 73,0%, respectivamente. Quanto aos aspectos imunológicos
referentes às citocinas inflamatórias, somente a produção de IL10 foi estatisticamente
maior no grupo dos pacientes co-infectados, porém não houve diferença na produção total
de citocinas dentro desse grupo ao considerarmos os pacientes com ou sem recidivas. A
análise combinada demonstrou que houve correlações positivas significativas dentro do
grupo de pacientes co-infectados, ao compararmos duas citocinas simultaneamente. Esse
resultado demonsta a interação que ocorre na produção dessas citocinas, especialmente
no grupo de pacientes co-infectados, indicando que análises multiplas são necessárias
para compreender o perfil da produção de citocinas inflamatórias nesses pacientes.
Demonstrar o papel das citocinas inflamatórias na patogênese dessas doenças pode ser
importante para otimizar os tratamentos e, consequentemente, diminuir a letalidade delas.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1019516 - MAYARA INGRID SOUSA LIMA
Interno - 406953 - IVONE GARROS ROSA
Externo ao Programa - 1136091 - PAULO VITOR SOEIRO PEREIRA
Co-orientador - 2262010 - LEONARDO TEIXEIRA DALL AGNOL