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Banca de QUALIFICAÇÃO: LUCINAURA PEREIRA GONCALVES

2023-03-28 19:18:30.203

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LUCINAURA PEREIRA GONCALVES
DATA: 29/03/2023
HORA: 10:00
LOCAL: Google Meet
TÍTULO: Conhecimento do Controle Dietético de Hipertensos e Diabéticos Quilombolas de Bequimão, Maranhão, Brasil
PALAVRAS-CHAVES: Conhecimentos, Atitudes e Prática em Saúde. Quilombolas. Hipertensão. Diabetes Mellitus. Abordagens Dietéticas para Conter a Hipertensão.
PÁGINAS: 83
GRANDE ÁREA: Multidisciplinar
ÁREA: Interdisciplinar
RESUMO: Introdução: A hipertensão arterial e o diabetes mellitus têm prevalência maior na população negra do país. As implicações da alimentação no que tange o controle destas comorbidades dão ao conhecimento nutricional a possibilidade de prevenir ou controlar estas doenças. Objetivo: Avaliar o conhecimento sobre o controle dietético na hipertensão arterial e no diabetes mellitus de quilombolas do município de Bequimão, Maranhão, Brasil. Métodos: Estudo transversal realizado com 115 quilombolas hipertensos e diabéticos, em 2021, no município de Bequimão, Maranhão, Brasil. Por meio de entrevista face-a-face, foi aplicado no domicílio dos participantes um formulário elaborado pelos próprios autores, coletando-se características socioeconômicas, clínicas e de estilo de vida; bem como o conhecimento sobre o controle dietético na hipertensão arterial e no diabetes mellitus. Para a verificação de associação entre as variáveis do estudo, usou-se o teste qui quadrado ou Exato de Fisher (p<0,05). Resultados: A maioria dos quilombolas pesquisados era do sexo feminino (65,22%), hipertensa (65,22%), com idade ≥ 60 anos (76,52%), com alguma escolaridade (68,70%), de cor preta/parda/negra (64,35%), de classe social D ou E (97,39%), diagnosticada com hipertensão arterial há mais de cinco anos (62,61%) e com diabetes há cinco ou menos anos (71,30%). As mulheres quilombolas hipertensas e/ou diabéticas viviam com menor renda mensal per capita que os homens (p = 0,021). Era de conhecimento de 77,39% da população estudada que a dieta exerce papel terapêutico sobre as comorbidades investigadas, sendo os diabéticos os que mais possuíam esse entendimento (p=0,009). O peso corporal foi compreendido como fator que influencia os níveis de pressão arterial e açúcar no sangue para 71,30% dos quilombolas estudados. Para 53,04% dos quilombolas, a alimentação influencia os valores de exames de rotina. A maior parte dos quilombolas compartilha de conhecimentos procedentes sobre os componentes dietéticos sódio, gorduras, fibras, carboidratos e açúcares de mesa e de conhecimentos improcedentes acerca do café e dos alimentos fontes de proteínas. Para 35,65% dos entrevistados, a adoção de todas as práticas alimentares consideradas adequadas para suas comorbidades é inexequível, em razão da comercialização afastada das áreas quilombolas dos alimentos tidos como adequados (46,31%), do sabor (agradável ou não) dos alimentos (36,52%) e do menor recurso financeiro para adquirir os alimentos recomendados (9,75%). Conclusão: Os quilombolas hipertensos e diabéticos compreendiam que há uma relação entre a dieta seguida e o controle das suas comorbidades. Todavia, há lacunas a serem preenchidas no conhecimento nutricional deste grupo racial; há a presença de seletividade alimentar, que desfavorece o controle dietético; bem como permanece ainda instalado nessas comunidades um panorama ininterrupto de marginalização socioespacial e realidade econômica adversa, os quais dificultam a experimentação de práticas alimentares mais adequadas às demandas de saúde dos quilombolas estudados.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 012.296.723-20 - ANTONIO RAFAEL DA SILVA
Presidente - 2175184 - ISTVAN VAN DEURSEN VARGA
Externo ao Programa - 2222819 - MARIA TEREZA BORGES ARAUJO FROTA

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