PPGSA/CCBS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: DEBORAH BELO PAZ PINHEIRO
DATA: 23/11/2023
HORA: 16:00
LOCAL: Auditório do PPGSA-UFMA
TÍTULO: INSEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL DOS QUILOMBOLAS DE UMA COMUNIDADE DO MUNICÍPIO DE TURIAÇU, MARANHÃO
PALAVRAS-CHAVES: Quilombolas. Insegurança Alimentar e Nutricional. Vulnerabilidade Social.
PÁGINAS: 43
GRANDE ÁREA: Multidisciplinar
ÁREA: Interdisciplinar
RESUMO: Introdução: As comunidades quilombolas encontram-se em situação de vulnerabilidade social, em função de fatores culturais, políticos, geográficos e econômicos, perfazendo um cenário de baixa renda na maioria dessas famílias, demonstrando que as famílias residentes nessas comunidades têm maior prevalência de insegurança alimentar e nutricional. Objetivo: Estimar a prevalência de insegurança alimentar e nutricional dos quilombolas de uma comunidade do município de Turiaçu, Maranhão. Métodos: Este é um estudo analítico do tipo transversal, executado no ano de 2023. Esta pesquisa está vinculada ao Núcleo de Extensão e Pesquisa com Populações e Comunidades Rurais, Negras, Quilombolas e Indígenas (NuRuNI). Fizeram parte desse estudo 40 chefes de famílias, de ambos os sexos. Os participantes responderam a um questionário com perguntas relacionadas aos aspectos socioeconômicos e demográficos; foram coletados os dados antropométricos (peso, estatura e circunferência da cintura – CC) e a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar. Os dados foram analisados no programa Stata® versão 16 e foi realizado o teste estatístico exato de fisher. O estudo foi aprovado no Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) da Universidade Federal do Maranhão sob número do parecer 6.088.717. Resultados: Dos chefes de família entrevistados, 67,50% eram do sexo feminino, 72,50% tinham idade de 20 a 59 anos, 100% se autodeclararam negros, 45% eram solteiros e apenas 7,50% tinham ensino superior completo. Quanto a ocupação, 40% eram lavradores, e no tocante a renda 47,50% possuíam até um salário mínimo, sendo este valor proveniente em sua maioria de benefícios, no qual 72,50% recebiam benefícios, o qual julgavam ajudar na compra de alimentos. Na maior parte (35%) das moradias residiam 3 pessoas. No que diz respeito ao exercício físico, 77,5% não realizavam, 77,50% não consumiam bebida alcóolica e 97,5% não fumavam. Embora 50% tinham IMC adequado, um percentual expressivo apresentava excesso de peso, 22,50% com diagnóstico de sobrepeso e 17,50% apresentaram diagnóstico de obesidade. Quanto a insegurança alimentar e nutricional, 27,5% vivenciavam a insegurança alimentar grave e 30% a insegurança alimentar moderada. Conclusão: Observou-se que a Insegurança Alimentar e Nutricional se faz presente na maioria dos adultos da comunidade quilombola. A difícil situação vivida por Jamary dos Pretos, onde a maioria dos habitantes tem baixo poder aquisitivo e níveis educacionais limitados, enfrentando os obstáculos para obter serviços de saúde, educação formal e meios de subsistência, leva a condições de vida insatisfatórias e alto índice de problemas de saúde relacionados a Insegurança Alimentar e Nutricional.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2175184 - ISTVAN VAN DEURSEN VARGA
Interno - 033.742.293-10 - WELLYSON DA CUNHA ARAÚJO FIRMO
Externo ao Programa - 2222819 - MARIA TEREZA BORGES ARAUJO FROTA
Co-orientador externo à instituição - JANAINA MAIANA ABREU BARBOSA - UNICEUMA