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Banca de DEFESA: JOSELMA DAMIANA CROVEA PINHEIRO

2023-12-12 09:29:33.223

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JOSELMA DAMIANA CROVEA PINHEIRO
DATA: 19/12/2023
HORA: 09:00
LOCAL: Auditório do PPGSA-UFMA
TÍTULO: Estudo etnodirigido de espécies vegetais utilizadas em comunidades quilombolas no Nordeste, Brasileiro.
PALAVRAS-CHAVES: Etnofarmacologia. Populações Tradicionais. Estudo de validação. Farmacovigilância.
PÁGINAS: 118
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Farmacologia
RESUMO: O uso de espécies vegetais para fins medicinais é uma prática que remonta à antiguidade e continua sendo uma importante abordagem terapêutica, especialmente em populações tradicionais e em áreas onde o acesso a serviços de saúde é limitado. Esse conhecimento e uso popular de plantas medicinais desempenham um papel fundamental na seleção de material vegetal para estudos de validação na área de Pesquisa & Desenvolvimento de bioprodutos. No entanto, é essencial estar ciente de que o uso irracional de plantas medicinais, baseado no mito “se natural, não faz mal,” dada possibilidade de desencadear eventos adversos, merece atenção das ações de Farmacovigilância em Fitoterapia tanto em populações tradicionais ou não. Nesse contexto, este estudo teve como objetivo realizar uma pesquisa etnodirigida, (etnobotânicas e etnofarmacológicas), para caracterizar o uso de espécies vegetais, com ênfase no uso tradicional medicinais, em comunidades quilombolas no município de São Bento, estado do Maranhão, Brasil. Além disso, foi conduzida uma revisão em bases de dados dos estudos etnodirigidos que abordam o uso de plantas em comunidades quilombolas, publicados no período de 2002 a 2022. Durante a revisão bibliográfica, foram identificadas espécies, como Citrus limon (L.) (Osbeck), Melissa officinalis L. e Ruta graveolens L., que devem continuar os estudos de validação considerando não apenas seus aspectos histórico-culturais, mas, fundamentados na certificação de eficácia, segurança e qualidade (Capítulo 1). A pesquisa de campo com abordagem etnofarmacológica foi realizada após aprovação pelos órgãos éticos competentes, como o Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos, SisGEn e SisBio. Foram entrevistados 100 moradores das comunidades quilombolas, sendo constatada uma prevalência de 100% no uso de plantas para fins medicinais na população estudada. Houve uma predominância do sexo feminino (82%), com a faixa etária acima de 58 anos representando (33%) dos entrevistados, e a maioria possui renda inferior a um salário mínimo e ensino fundamental incompleto. As categorias terapêuticas com maior frequência de uso, foram, as doenças do aparelho respiratório, seguidas de doenças do aparelho digestivo e doenças infecciosas e parasitárias. As espécies vegetais mais citadas foram Plectranthus amboinicus(Lour.) Spreng., Plectranthus barbatus Andrews, Lippia alba (Mill.) N.E. Br. ex Britton & P. Wilson, Justicia acuminatissima (Miq). Bremek, as quais estão associadas a propriedades antigripais, alívio de dores estomacais, efeitos calmantes e alívio de dores em geral, respectivamente. Uma revisão de literatura com estudos de validação dessas espécies confirmou a concordância no uso tradicional para as indicações terapêuticas mencionadas pelos moradores. No entanto, a maioria dos entrevistados não reconhece os riscos e perigos associados ao uso empírico de plantas medicinais, o que destaca a necessidade de implementar Programas de Farmacovigilância em Fitoterapia, com ênfase em ações educativas para conscientizar a população sobre os riscos associados ao uso empírico. Além disso, é importante continuar os estudos de validação para avaliar novas ações biológicas, especialmente da espécie Justicia acuminatissima (Miq). Bremek, na perspectiva da bioprospecção, com o objetivo de fornecer opções terapêuticas na Atenção Básica à Saúde dessas comunidades. Isso também deve servir como um estímulo para os gestores municipais e regionais implementarem políticas públicas que melhorem as condições de vida e saúde dessas populações, dadas as suas vulnerabilidades sociais (Capítulo 2).
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 407246 - FLAVIA MARIA MENDONCA DO AMARAL
Interno - 033.742.293-10 - WELLYSON DA CUNHA ARAÚJO FIRMO
Externo ao Programa - 2309464 - CRISALIDA MACHADO VILANOVA
Externo à Instituição - JÉSSYCA WAN LUME DA SILVA GODINHO - NENHUMA
Co-orientador - 2175184 - ISTVAN VAN DEURSEN VARGA

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