PPGCS/CCBS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: KASSIANA DE ARAUJO PESSÔA
DATA: 31/01/2023
HORA: 15:00
LOCAL: Video-conferencia
TÍTULO: ADAPTAÇÃO DE UM PROTOCOLO BFR TRADICIONAL PARA UM PROTOCOLO BFR "CLINICAL": RESPOSTAS PRELIMINARES FAVORÁVEIS SOBRE O DESEMPENHO, POTÊNCIA MUSCULAR, REDUÇÃO DO DESCONFORTO E DA FADIGA.
PALAVRAS-CHAVES: Treinamento de Força, Restrição do Fluxo Sanguíneo, Potência Muscular, Desconforto, Fadiga Muscular, Fadiga Percebida.
PÁGINAS: 84
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Educação Física
RESUMO: Introdução: O treinamento tradicional de força orientado para a hipertrofia muscular (TRAD), com intensidades de 70-85% de 1RM, era considerado o método padrão na indução dessa resposta. Entretanto, a partir do trabalho seminal de Takarada et al., (2000), demonstraram que o treinamento com baixa intensidade (40% de 1RM), usando manguitos infláveis (Blood Flow Restriction), aumenta o estresse metabólico e a ativação muscular em níveis comparáveis ao TRAD. Apesar de o método BFR ter se consagrado como uma metodologia própria de treinamento, com inúmeros benefícios, muitos indivíduos, queixam-se do desconforto, devido a produção de metabólitos musculares como: íons hidrogênio e lactato, ativando receptores musculares classe III e IV. Dessa forma, suas respostas de percepção ao esforço e desconforto, costumam ser comparáveis às de alta intensidade. A proposta da modificação de um protocolo BFR tradicional em uma versão modificada, não é uma tarefa fácil, pois, se por um lado os íons hidrogênio acumulados ocasionam desconforto muscular, por outro lado, ocasionam também recrutamento de motoneurônios com alto limiar de ativação. Objetivo: Comparar intervenções de treinamento com restrição do fluxo sanguíneo – BFR (TRAD x CLINICAL_c x CLINICAL_a), nas respostas agudas: fadiga muscular localizada, percepção de esforço, desempenho muscular, lactacidemia e julgamento da afetividade ao exercício. Materiais e Métodos: Participaram 22 voluntários saudáveis do sexo feminino e masculino, destreinados, entre 18 e 30 anos de idade. Os voluntários realizaram 3 sessões de exercício de extensão de joelho unilateralmente (cadeira extensora), distribuídos aleatoriamente nos protocolos de exercício BFR-TRAD x BFR- CLINICAL_c x BFR-CLINICAL_a. Foram avaliados quanto as medias de antropometria, composição corporal, avaliação de escalas perceptuais, PA, FC e POA. Além disso, foram submetidos ao teste de uma repetição máxima (1RM), velocidade/potência muscular, lactacidemia e glicemia. Resultados: Foi demonstrado aumentos pressóricos significantes nas três condições de exercício agudo BFR – TRAD, BFR – CLINICAL_c e BFR – CLINICAL_a (F = 2,186, p<0,05), imediatamente após exercício, com maior aumento para a condição BFR – TRAD (133,91 ± 18,789 mmHg), comparado aos modelos BFR – CLINICAL. Além disso, foram demonstrados maiores aumentos da percepção subjetiva de esforço, desconforto, dor muscular de início tardio (DMIT) e lactacidemia na condição BFR – TRAD, comparada as condições BFR – CLINICAL (p<0,05). A velocidade/potência muscular revelou maiores aumentos para a condição BFR – CLINICAL_a (0,4968 ± 0,06129 m/s) (p<0,001), bem como, maior afetividade a condição de exercício comparada com as condições BFR – CLINICAL_c e BFR – TRAD (p<0,05). Conclusão: Concluímos que as condições de exercício BFR - CLINICAL foram capazes de ocasionar atenuações no desconforto, percepção subjetiva de esforço e DMIT comparadas a condição BFR -TRAD, além do BFR – CLINICAL_a promover maior afetividade ao exercício, o que pode aumentar sobremaneira a aderência ao treinamento BFR. Acreditamos que esse modelo seja de muita valia para indivíduos que buscam restaurar sua massa muscular dos membros inferiores, mas encontram-se fragilizados e intolerantes aos esforços de alta intensidade.
MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 2207378 - FLAVIO DE OLIVEIRA PIRES
Externo à Instituição - HÉLCIO KANEGUSUKU - IIEPAE
Interno - 2198203 - THIAGO TEIXEIRA MENDES