PPGCS/CCBS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RAYANNE LUIZA TAJRA MUALEM ARAÚJO
DATA: 12/05/2023
HORA: 10:00
LOCAL: REMOTO
TÍTULO: PREVALÊNCIA E INCIDÊNCIA DE DOR NEUROPÁTICA EM PACIENTES COM CÂNCER
PALAVRAS-CHAVES: dor neuropática; câncer; epidemiologia.
PÁGINAS: 55
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Medicina
RESUMO: Introdução: O câncer é o principal problema de saúde pública no mundo e na maioria dos países corresponde a primeira ou segunda causa de morte prematura, antes dos 70 anos. A grande maioria dos pacientes com câncer vai a óbito com sofrimento intenso principalmente decorrente da dor, que afeta todos os aspectos da vida do indivíduo. Objetivo: identificar a prevalência e a incidência de dor crônica com características neuropáticas em pacientes com câncer e avaliar o impacto da dor neuropática na qualidade de vida, avaliando humor, sono e performance status. Método: trata-se de um estudo de corte transversal de base populacional realizado entre 2019 e 2021, no estado do Maranhão (Brasil), com pacientes oncológicos maiores de 18 anos que consentiram em participar. Utilizamos questionários validados na língua portuguesa para identificar a dor neuropática (questionário DN4), ansiedade e depressão (escala hospitalar de ansiedade e depressão), sono (mini-sleep) e KPS para avaliar performance status. A análise estatística foi feita por meio do software SPSS versão 18. Resultados: Observa-se que dos pacientes que possuem dor neuropática (DN), 35,1% tem 50 a 59 anos, 70,7% são do sexo feminino, 44,4% são casados, mais de 70% se considera pardo ou negro, 64,4% são originários do interior do estado; 30,2% possuem menos de 8 anos de escolaridade, 92,9% não estão em exercício profissional e cerca de 70% da amostra possui renda de até 1 salário mínimo. Pertencer a faixa etária de 40 a 59 anos apresentou significância estatística com a DN, assim como ser do sexo feminino. Os cânceres mais prevalentes foram mama, colo do útero, mieloma múltiplo, próstata e intestino. Cerca de 90% dos pacientes com DN refere dor diariamente e 86,7% toma alguma medicação para dor, sendo que 61,8% toma apenas uma medicação, e os anti-inflamatórios não hormonais foram os mais consumidos. Conclusão: as características socioeconômicas da amostra estudada além do local de estudo ter o pior IDH do país, são fatores importantes para a alta prevalência de dor neuropática encontrada no nosso estudo, ficando clara a urgência em implantar e implementar políticas públicas no intuito de proporcionar diagnóstico e tratamento precoces, diminuindo assim o impacto da DN na vida das pessoas com câncer.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - JOSÉ OSVALDO BARBOSA NETO - UNICEUMA
Externo ao Programa - 2337306 - LYVIA MARIA RODRIGUES DE SOUSA GOMES
Interno - 306484 - ROSANE NASSAR MEIRELES GUERRA LIBERIO