Ir para acessibilidade
inicio do conteúdo

Banca de QUALIFICAÇÃO: LORENA CAVALCANTE ARAUJO

2020-08-11 20:16:02.973

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LORENA CAVALCANTE ARAUJO
DATA: 27/08/2020
HORA: 09:30
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO: Ela sim: produções discursivas de gênero na obra Revolução Laura, de Manuela d'Ávila
PALAVRAS-CHAVES: Literatura. Autobiografia. Estudos de Gênero. Feminismos. Maternidades. Revolução Laura.
PÁGINAS: 79
GRANDE ÁREA: Multidisciplinar
ÁREA: Interdisciplinar
RESUMO: “Gênero” é uma prática consolidada nos discursos e nos nossos corpos, por meio da qual se reconhecem e se identificam os sujeitos. A literatura, por sua vez, é uma das tecnologias que o produz, por meio da linguagem e dentro dela. Desse modo, a autobiografia, enquanto gênero literário, nos possibilita o acesso às diversas experiências de gênero, haja vista que as práticas de escrita e cuidado de si transformam as verdades do texto em costumes, hábitos, comportamentos e cultura, característicos de uma época e região. Enquanto ferramenta e método de pesquisa, nas Ciências Sociais, as histórias de vida inserem as particularidades de um sujeito no contexto histórico, cultural e político em que vive. Neste trabalho, de ordem teórico-metodológica, propomos uma reflexão que envolve as temáticas de feminismo e maternidade, que são de relevância social, para além do individual. É nesse sentido que fazemos uma análise das produções discursivas de gênero, na obra autobiográfica Revolução Laura, de Manuela d’Ávila, publicada em 2019. Desse modo, situamos a escritora na América Latina – precisamente no Brasil – onde, em primeira instância, tomamos emprestadas as epistemes de gênero eurocêntricas e, em seguida, problematizamos a história das nossas mulheres, de um ponto de vista nacional e global. Temos por objetivo, portanto, compreender se Manu é subversiva ou reforça as normas de gênero, ao propor um debate sobre feminismo e maternidade. Nessa lógica, consideramos as posições ocupadas por ela ao longo de sua trajetória, refletindo sobre a constituição dos sujeitos, os papéis de gênero – especialmente no que tange ao núcleo familiar e à formação das crianças –, a ocupação de espaços públicos de poder, o movimento feminista e as regulações históricas em torno da maternidade e maternagens. Em primeira instância, para a realização desta análise, partimos do plano textual autobiográfico ao plano discursivo, inspiradas na proposta de estudo do discurso foucaultiana (1982, 1996, 2004, 2019). O percurso é orientado desde o gênero literário autobiográfico, a partir dos cânones de memórias, diário e cartas, dentro dos conceitos de Phillippe Lejeune (2011, 2014) e Leonor Arfuch (2010), aos conceitos de trajetória e experiência, cujos referenciais adotamos de Pierre Bourdieu (et al., 2006), Avtar Brah (2006), Adriana Piscitelli (2008) e Joan Scott (1989, 1999), aplicáveis às perspectivas sociológica da pesquisa biográfica (GOLDENBERG, 2004) e interseccional dos Estudos de Gênero (BEAUVOIR, 1970; BUTLER, 2003, 2014, 2016; LAURETIS, 1987; SCOTT, 1989). No contexto das maternidades, utilizamos o aporte histórico de Elizabeth Badinter (1985, 2005, 2011), além de Georgiane H. Vázquez (2005) e Margareth Rago (2014). Sem esquecer das particularidades de constituição do sujeito do feminismo, na América Latina, refletimos, ainda, sobre a nossa história das mulheres amparadas nos estudos de pesquisadoras brasileiras e feministas (BALLESTRIN, 2020; COSTA et. al, 2019; COSTA, 2002; HOLLANDA, 1991, 2018, 2019; MIGUEL e BIROLI, 2014; NOBRE, 2019; RIBEIRO, 2017).
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1828136 - ANA CAROLINE AMORIM OLIVEIRA
Presidente - 2243382 - CRISTIANE NAVARRETE TOLOMEI
Externo à Instituição - FLÁVIA ANDREA RODRIGUES BENFATTI - USP
Co-orientador - 001.349.653-02 - JUCIANA DE OLIVEIRA SAMPAIO - IFMA

fim do conteúdo