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Banca de DEFESA: HEVENY DANIELE SILVA ARAUJO

2020-10-05 14:52:13.517

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: HEVENY DANIELE SILVA ARAUJO
DATA: 06/10/2020
HORA: 10:00
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO: MARACATU PELAS MÃOS DE MULHERES Histórias e Memórias encruzadas pelo Axé, Resistência e Militâncias no Baque Mulher
PALAVRAS-CHAVES: Maracatu Baque Mulher. Maracatu Nação. Feminismos. Militância Feminista. Identidade. Música e Gênero.
PÁGINAS: 155
GRANDE ÁREA: Multidisciplinar
ÁREA: Interdisciplinar
RESUMO: Esta pesquisa evidencia a atuação de mulheres batuqueiras no Maracatu Baque Mulher - grupo idealizado e fundado pela Mestra Joana Cavalcante, primeira mulher a reger uma nação de maracatu, a Nação do Maracatu Encanto do Pina, localizada na Comunidade do Bode, no bairro do Pina, periferia de Recife/PE. Quem disse que mulheres não podem tocar tambor? Elas não só tocam, como são lideradas por uma Mestra. As análises desta investigação buscam compreender as produções das representações e dos discursos à materialidade musical - ou seja, observar de que forma as mulheres batuqueiras constituem suas identidades e ressignificam suas trajetórias de resistência por meio da música do maracatu nação, promovendo militâncias contra o machismo, racismo, intolerância religiosa, entre outras. Para dissertar sobre estas problemáticas, metodologicamente realizei revisão e levantamento bibliográfico; e também uma imersão no campo, um processo de observação participante (pesquisadora-batuqueira) o que oportunizou vivências e escutas roteirizadas, com perguntas semi-estruturadas, registros fotográficos e audiovisuais durante dos eventos e apresentações do Maracatu Baque Mulher. Tendo em vista a complexidade desta manifestação cultural, a qual tem fundamento no Candomblé Nagô, promovida por comunidades periféricas, na sua maioria mulheres e homens negros, que guardam em suas memórias coletivas momentos de resistência e luta, foi adotada uma perspectiva teórica a partir da Interseccionalidade como uma forma de, a partir das discussões de teóricas do Feminismo Negro Decolonial, abarcar as vivências que estão entranhadas em marcadores sociais da desigualdade. Além dessa, me aproximo dos estudos da Etnomusicologia para apresentar a prática musical do maracatu nação enquanto processos sociais constituídos por mulheres em sua diversidade - corpos políticos que de mãos dadas tornam-se um Movimento Feminista do Baque Virado para atender as demandas opressoras de numa sociedade cisheteropratriarcal branca, que apaga e/ou invisibiliza corpos de mulheres, em maior número mulheres negras periféricas.
MEMBROS DA BANCA:
Co-orientador - 1828136 - ANA CAROLINE AMORIM OLIVEIRA
Interno - 2821076 - FLAVIO LUIZ DE CASTRO FREITAS
Externo à Instituição - JORGETE MARIA PORTAL LAGO - UEPA
Presidente - 1564357 - RICIERI CARLINI ZORZAL

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