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Banca de DEFESA: LUCIANO BORGES BARROS

2018-01-23 11:54:54.314

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LUCIANO BORGES BARROS
DATA: 30/01/2018
HORA: 14:00
LOCAL: Núcleo de Educação à Distância - NEAD/UFMA
TÍTULO: NA TERRA DAS “GENTES AFORTUNADAS”: TIMBILA, IDENTIDADES E (RE)PRODUÇÃO CULTURAL NO UNIVERSO CHOPI EM MOÇAMBIQUE (C. 1920-50)
PALAVRAS-CHAVES: Timbila Chopi. Moçambique. Hugh Tracey (1903-1977).
PÁGINAS: 160
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: História
RESUMO: Este trabalho explora o universo da timbila em Moçambique através da análise de alguns documentos, especialmente da obra “Gentes Afortunadas”, de Hugh Tavares Tracey (1903-1977). A pesquisa parte do suposto de que é significativa a realização de pesquisas sobre África, continente geofisicamente central no globo, embora frequentemente tratado como social e economicamente periférico, e tem a intenção de contribuir para o melhor conhecimento de um capítulo da história da África Austral. Considerando-se que as várias histórias de África apresentam povos e territórios marcados pela dinamicidade, discorre-se acerca da história de Moçambique, destacando-se o processo de colonização e as respostas dadas pelos povos da região a esse movimento de dominação. Reconhece-se que o processo de colonização não conseguiu apagar todas as expressões cognoscitivas, artísticas e políticas dos povos da região que, através da tradição oral e também escrita, re-inventaram suas tradições, a exemplo da timbila. Nesse contexto, Tracey parece ter tido um papel fundamental. Ele atuaria no processo de pré-patrimonialização dessa modalidade expressiva. Sua obra pode ser interpretada como um item da vasta biblioteca colonial, conjunto de saberes através dos quais África tem sido tornada dizível e visível. A intervenção de Tracey é situada num campo de invenção das tradições em um contexto colonial. Há profunda dificuldade de compreender radicalmente a timbila, posto que geralmente esse repertório social é interpretado a partir de categorias ocidentais da análise social e histórica. Neste contexto, a Europa se define como normal, e o que não é europeu aparece como desordenado, anormal, primitivo. Foram complexas as relações entre o movimento colonizador e a produção e reprodução da timbila. O processo por meio do qual a timbila passa a ser considerada como símbolo de identidade nacional moçambicana é similar ao que ocorre com outras expressões culturais em diversos lugares do Atlântico Sul: processo ambíguo, marcado por obliterações e tensões. Através da timbila, os chopi apresentavam sua visão de mundo, criticando e protestando contra o colonialismo e seus mecanismos, e tratando das múltiplas questões de seu cotidiano.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1798237 - ANTONIO EVALDO ALMEIDA BARROS
Interno - 2079203 - MARCUS VINICIUS DE ABREU BACCEGA
Externo ao Programa - 1798230 - VIVIANE DE OLIVEIRA BARBOSA

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