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Banca de DEFESA: ALEXANDRO ALMEIDA LIMA ARAUJO

2019-07-10 09:13:36.224

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ALEXANDRO ALMEIDA LIMA ARAUJO
DATA: 10/07/2019
HORA: 09:30
LOCAL: Sala de Aula do PPGHIS
TÍTULO: O ADULTÉRIO COMO TÁTICA DE SUBVERSÃO DO MATRIMÔNIO POR PARTE DAS MATRONAS NO ALTO IMPÉRIO ROMANO A PARTIR DA PARENÉTICA SATÍRICA DOS EPIGRAMAS, DE MARCIAL, SÁTIRAS, DE JUVENAL E SATIRICON, DE PETRÔNIO (SÉCULOS I A.E.C. – II D.E.C.).
PALAVRAS-CHAVES: Principado romano. Mos maiorum. Matronas. Adultério. Retórica. Táticas. Estratégias. Relações de poder.
PÁGINAS: 221
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: História
RESUMO: O presente trabalho tem como foco de análise as matronas romanas e o cometimento de adultérios no período do Principado de Roma. Mediante a condenação de intercursos sexuais ilegítimos praticados pela materfamilias, através da retórica epigramática, poderemos visualizar o modo como a sociedade em questão enxergava o casamento sagrado e os laços com o passado ancestral. Esse passado ancestral, amparado no mos maiorum (valores dos antigos), estaria representado nas gens e, por conseguinte, haveria tentativas de controle para que a ordem de rebentos não fosse adulterada e perturbasse as divindades. Essas tentativas estratégicas de controle poderão ser vistas nos escritos latinos de Petrônio, com Satiricon; Marcial, com Epigramas; e Juvenal, com Sátiras. Ovídio, com Amores, se torna um caso à parte, devido sua poesia não possuir julgamentos morais visando propriamente a condenação de adultérios. No entanto, com este documento é possível entendermos questões que perpassam a vigilância sobre a mãe de família e a ideia de reservar o corpo da jovem para a procriação legítima. As leis de Augusto sobre casamento e adultério se fazem pertinentes à discussão devido ao estabelecimento de regras e normas. Normas que definiam, em teoria, um cerceamento às relações carnais fraudulentas, mas que na prática hodierna, como pontua Michel de Certeau, a norma sofria embates e enfrentamentos. Essa poesia parenética do rethor será entendida como ideológica e, desse modo, M. Bakhtin, P. Ricoeur são trazidos para um diálogo em que a ideologia gira em torno do poder, e as palavras, planejadamente escolhidas, cumpririam uma função ideológica moral e sagrada. Juntamente com estes autores o pensamento de M. Foucault se faz presente sobre as relações de poder e o discurso como estratégico, além de pensarmos as memórias, na concepção de Jacques Le Goff, como fabricadas no bojo das relações de força.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2079203 - MARCUS VINICIUS DE ABREU BACCEGA
Interno - 789.365.867-34 - ADRIANA MARIA DE SOUZA ZIERER - UEMA
Externo à Instituição - ANA LIVIA BOMFIM VIEIRA - UEMA

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