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Banca de QUALIFICAÇÃO: JOABE ROCHA DE ALMEIDA

2019-11-19 08:52:05.043

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JOABE ROCHA DE ALMEIDA
DATA: 28/11/2019
HORA: 09:00
LOCAL: Sala de Aula do PPGHIS
TÍTULO: “A REVOLUÇÃO QUE SE QUER”: Debates inflamados e contraditórios nos Jornais O Imparcial e O Estado do Maranhão (1964-1974).
PALAVRAS-CHAVES: Governo Civil-Militar. Discursos político-ideológicos. Jornais Impressos. Debates contraditórios. São Luís.
PÁGINAS: 122
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: História
RESUMO: Este estudo que propõe historicizar os jornais impressos, não apenas dar ao documento um valor histórico, mas também problematizar os conflitos e interesses que fluem de dentro dos jornais, reflexos das interferências internas (grupos dominantes que produzem e manipulam os impressos) e externas (sociedade em geral, público-leitor e as agitações sociopolíticas e econômicas), tem como objetivo analisar os discursos dos jornais maranhenses (Jornal O Imparcial e Jornal O Estado do Maranhão) sobre o Governo Civil-Militar, entre os anos de 1964 a 1974, focalizando os discursos político-ideológicos e as relações de poder que foram geradas a partir desses discursos. Ao enxergar o dito e o não-ditopor trás das construções discursivas dos jornais será possível identificar as posições contraditórias em relação ao projeto político Civil-Militar. Para que eu pudesse chegar a algumas respostas, mesmo que de interpretação do meu olhar sobre as fontes pesquisadas, tive que entender que uma disputa semântica estava em jogo não apenas na imprensa. Existiram duas narrativas que se digladiavam a todo instante antes e depois de março de 1964. De um lado, estava o acervo acadêmico dos intelectuais contra a burguesia imperialista e a chamada classe conservadora, classificada de literatura da Esquerda. Na outra margem, uma produção escrita pelos punhos daqueles que buscaram construir outro tipo de verdade e imagem sobre a renúncia de Jânio Quadros, a instabilidade que derrubou João Goulart (Jango), o enaltecimento dos político-militares e que este período foi, sim, uma Revolução, um Contragolpe, chamada de literatura da Direita.Trilhando por esse viés, é possível sustentar a inferência que durante o Governo Civil-Militar, a imprensa maranhense ficou dividida entre aqueles que combateram e os que ficaram do lado do Sistema Civil-Militar, como também que tais discursos de posicionamentos estavam refletidos em muitos momentos por interesses específicos e pelo jogo político, e que a todo instante produziam opiniões sobre como estava se estruturando o governo militarista, com discursos ideológicos que fossem capazes de orientar a sociedade de qual lado deveria ficar. Como trabalhar com jornais é vivenciar uma complexa teia de análises e significações, o conceitomais categóricoque aparece nestas fontes é o da Análise de Discurso. Para isto me apoiei em três teóricos importantes que buscaram desenvolver os enunciados (verbal e não-verbal) a partir da ideia de que eles são carregados de sentidos e de forças interiores e exteriores: Mikhail Bakhtin, Michel Pêcheux e Eni Orlandi.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1178205 - ISABEL IBARRA CABRERA
Externo à Instituição - JOÃO BATISTA VALE JÚNIOR - UESPI
Interno - 2178433 - LYNDON DE ARAUJO SANTOS
Presidente - 1753658 - MARIA IZABEL BARBOZA DE MORAIS OLIVEIRA

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