PPGHIS/CCH

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANDREIA KARINE DUARTE
DATA: 28/01/2021
HORA: 14:00
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO: DAS NORMATIVAS, DO BOM CRISTÃO AO BOM SÚDITO: AS INVESTIDAS À MORAL CRISTÃ EM PORTUGAL (SÉCULO XVI) EM REFLEXOS POR GIL VICENTE.
PALAVRAS-CHAVES: Gil Vicente - Representações sociais - Religiosidade medieval - Concílio de Latrão V- Ordenações manuelinas.
PÁGINAS: 169
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: História
RESUMO: A dissertação “Das normativas, do bom cristão ao bom súdito: As investidas à moral cristã em Portugal (século XVI) em reflexos por Gil Vicente”, deriva de uma análise textual comparativa de produções normativas da Baixa Idade Média, (nos séculos XV ao XVI), entre o conjunto de regras organizadas pelo V Concílio Ecumênico de Latrão, com o livro de leis para a sociedade portuguesa, nomeado por Ordenações manuelinas. Nosso trabalho parte da premissa de que os textos produzidos pelo teatrólogo Gil Vicente – dos reinados de D. Manuel I e D. João III – prismaram os anseios compartilhados pela Igreja e monarquia católica – de restauração da ordem e dos comportamentos morais. E com isso, por meio, de seu teatro alegorizante e de cunho pedagógico, Gil Vicente estimulava a memória social ao compartilhar sobre os “bons tempos” baseados em sua concepção devota e em experiências que punham em depreciação, o “novo” ideário em voga do século XVI, ora em meio a afagos, ora a ríspidas críticas voltadas sempre aos sujeitos das ações e não as instituições. Ao longo da sua carreira o método vicentino sofreu alguns equívocos de interpretações, quando vivo, sua obra chegou a ser proibida pelo Índex português, já morto, com frequência, autores colocam o nome Gil Vicente como um defensor do humanismo e crítico sagaz da Igreja e também Estado. Mas como criticar aqueles que os patrocinavam e representavam o seu primeiro público? Sobre essas e outras legendas seguiu o nosso trabalho. Num primeiro momento, foram analisados os textos de Gil Vicente, suas influências possíveis, seus temas frequentes, as características e interesses. Tal estratégia, utilizada se deu mediante a lacunosa biografia e incerta bibliografia de seus textos que não nos dão conta de descrever um perfil mais coeso do teatrólogo tão necessário para a efetivação dos resultados de nossa análise. Na segunda fase, foram estudados os anseios desejados pelo Concílio V de Latrão, assim a razão contextual para o seu acontecimento, seus reflexos em Portugal e nos textos vicentinos, o mesmo roteiro foi seguido para se analisar a História de Portugal, com suas ingerências e representações no teatro de nosso autor. Por fim, as Ordenações manuelinas nos serviram como segunda fonte, para encontrarmos no teatro de Gil Vicente – além do religioso, os anseios políticos de seus governantes, recaídos sobre os comportamentos sociais dos contemporâneos do mestre Gil. Para tal disposição temporal, seguiu esta análise cuja influência religiosa da Idade Média se fez presente sob todos os âmbitos.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 789.365.867-34 - ADRIANA MARIA DE SOUZA ZIERER - UEMA
Interno - 2178433 - LYNDON DE ARAUJO SANTOS
Externo à Instituição - Lenora Pinto Mendes - NENHUMA
Externo à Instituição - Miriam Cabral Coser - UFRJ