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Banca de DEFESA: JOABE ROCHA DE ALMEIDA

2021-04-28 13:12:21.555

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JOABE ROCHA DE ALMEIDA
DATA: 30/04/2021
HORA: 14:00
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO: A REVOLUÇÃO QUE SE QUER: Debates inflamados e contraditórios na imprensa de São Luís em tempos de Regime Civil-Militar.
PALAVRAS-CHAVES: Regime Civil-Militar; Discursos político-ideológicos; Jornais Impressos; Narrativas contraditórias; São Luís-MA.
PÁGINAS: 1
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: História
RESUMO: Este estudo que propõe historicizar os jornais impressos, não apenas dar ao documento um valor histórico, mas também problematizar os conflitos e interesses que fluem de dentro dos jornais, reflexos das interferências internas (grupos dominantes que produzem e manipulam os impressos) e externas (sociedade em geral, público-leitor e as agitações sociopolíticas e econômicas), tem como objetivo analisar alguns jornais maranhenses, dentre eles o Jornal Pequeno, Jornal do Maranhão e, em especial, o Jornal do Dia, recortando o período do Regime Civil-Militar, focalizando os discursos (intenções) político-ideológicos e as relações de poder que foram geradas a partir das narrativas. Ao enxergar o dito e o não-dito por trás das construções discursivas dos periódicos será possível identificar as posições contraditórias em relação ao projeto político do processo revolucionário. Para que eu pudesse chegar a algumas respostas, mesmo que de interpretação do meu olhar sobre as fontes pesquisadas, tive que entender que uma disputa semântica estava em jogo não apenas na imprensa. Existiram duas narrativas que se digladiavam a todo instante antes e depois de março de 1964: de um lado, estava o acervo acadêmico dos intelectuais contra a burguesia imperialista e a classe liberal-conservadora, classificada de narrativa das esquerdas ou narrativa marxista; na outra margem, uma produção escrita pelos punhos daqueles que buscaram construir outro tipo de verdade e imagem sobre a renúncia de Jânio Quadros - a instabilidade que derrubou João Goulart, o enaltecimento dos político-militares, e que neste período aconteceu, sem dúvida alguma, um Contragolpe, uma Revolução Democrática e um processo revolucionário, denominada de narrativa da direita ou narrativa liberal-conservadora. Trilhando por esse viés, é possível sustentar a inferência que durante o Governo ditarorial dos presidente-generais, a imprensa da Ilha São Luís ficou dividida entre aqueles que combateram e os que ficaram do lado dos Chefes das Forças Armadas, como também que tais discursos de posicionamentos estavam refletidos em muitos momentos por interesses específicos, pelo jogo político, e que a todo instante produziam opiniões sobre como estava se estruturando o Poder civil-militarista, com discursos ideológicos que fossem capazes de orientar a sociedade a apoiar o movimento contra João Goulart. Como trabalhar com jornais é vivenciar uma complexa teia de análises, significações e sentidos, o aporte teórico-metodológico mais eficaz para direcionar esta pesquisa insere-se na Análise de Discurso. Neste sentido, me apoiei em três autores importantes que buscaram desenvolver os enunciados (verbal e não-verbal) a partir da ideia de que eles são carregados de sentidos e de forças interiores e exteriores: Mikhail Bakhtin, Michel Pêcheux e Eni Orlandi.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1178205 - ISABEL IBARRA CABRERA
Externo à Instituição - JOÃO BATISTA VALE JÚNIOR - UESPI
Interno - 2178433 - LYNDON DE ARAUJO SANTOS
Presidente - 1753658 - MARIA IZABEL BARBOZA DE MORAIS OLIVEIRA

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