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Banca de DEFESA: JANIELLE FERREIRA DE BRITO LIMA

2018-12-26 11:59:20.256

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JANIELLE FERREIRA DE BRITO LIMA
DATA: 15/01/2019
HORA: 09:00
LOCAL: Centro Pedagógico Paulo Freire
TÍTULO: MORTALIDADE EM POVOS INDÍGENAS NO BRASIL
PALAVRAS-CHAVES: População Indígena; Registros de Mortalidade; Causas de Morte; Brasil.
PÁGINAS: 56
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Enfermagem
RESUMO: Objetivo: Analisar a tendência da mortalidade na população indígena residente no Brasil na série temporal de 1998 à 2016. Método: Trata-se de um estudo de tendência temporal realizado com dados provenientes das Declarações de Óbito classificadas como “indígena” no ítem “raça/cor” registradas em todo o território nacional, no período de 1998 à 2016. O banco de dados foi disponibilizado pelo Departamento de Informática do SUS e a coleta dos dados ocorreu no ultimo trimestre de 2017. As variáveis utilizadas foram idade, sexo, local do óbito e causa básica do óbito. Os dados foram processados utilizando o software TabWin e a tabulação e análise foi realizada utilizando o Microsoft Excel 2016 e Stata 14. Calculou-se as taxas brutas de mortalidade, utilizando dados populacionais do Censo Demográfico de 2010, e as proporções de óbito por grupo de causas, de acordo com a Classificação Internacional de Doenças. Para avaliação da tendência temporal dos dados de mortalidade foi aplicado o modelo de regressão de Prais-Winsten. Resultados: Os óbitos indígenas foram mais frequentes em idosos e em menores de hum ano no país. Nas regiões Norte e Centro-oeste a quantidade de óbitos de menores de ano se aproximou da de idosos. A proporção de óbitos de homens superou a de mulheres em todas as regiões. Os principais grupos de causas de óbito entre os indígenas foram o das causas circulatórias, seguido das causas externas e causas respiratórias. Destaca-se que as causas externas foram as principais responsáveis pelos óbitos de jovens do sexo masculino. As taxas brutas de mortalidade foram baixas em todos os anos da série e identificou-se tendência de mortalidade crescente em nível nacional e nas regiões Centro-oeste, Norte e Sul. Quanto a mortalidade por causas, as regiões Norte, Centro-oeste e Sul apresentaram maiores proporções de óbitos por causas externas enquanto no Nordeste e Sudeste a maior proporção foi relacionada as afecções do sistema circulatório, assim como identificado em nível nacional. Conclusão: O estudo revelou tendência crescente da mortalidade indígena num período de 19 anos, o que sugere a necessidade de avaliar a oferta e a qualidade da assistência à saúde dessa população. Identificaram-se também diferenças significativas entre as características dos óbitos indígenas entre as regiões geográficas brasileiras, que pode estar relacionado à heterogeneidade existente entre os diferentes povos no que se refere ao local de habitação e aos hábitos culturais, sociais e alimentares diversificados que determinam diferentes padrões de proteção contra as ameaças à sua saúde. Apesar da crescente visibilidade desses povos nas políticas públicas nos últimos anos, a falta de informações consistentes sobre seus indicadores de saúde ainda é um desafio a superar. Espera-se que os resultados dessa série histórica de dados contribuam para a construção de um perfil de mortalidade dos indígenas no país.
MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 2079504 - AUREAN D ECA JUNIOR
Interno - 1159347 - BRUNO LUCIANO CARNEIRO ALVES DE OLIVEIRA
Presidente - 1466874 - ISAURA LETICIA TAVARES PALMEIRA ROLIM
Co-orientador - 1983977 - ROSANGELA FERNANDES LUCENA BATISTA

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