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Banca de DEFESA: FRANCISCA JADE LIMA DE ANDRADE SILVA

2021-05-21 22:40:13.335

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: FRANCISCA JADE LIMA DE ANDRADE SILVA
DATA: 31/05/2021
HORA: 14:30
LOCAL: Plataforma Digital Google Meet
TÍTULO: HANSENÍASE EM MENORES DE 15 ANOS: caracterização sociodemográfica e clínica dos casos notificados em um munícipio hiperendêmico do Maranhão (2010-2019).
PALAVRAS-CHAVES: Hanseníase. Criança. Epidemiologia. Doença negligenciada. Atenção Integral à Saúde da Criança e do Adolescente.
PÁGINAS: 89
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Enfermagem
RESUMO: A ocorrência da hanseníase em menores de 15 anos representa um importante indicador epidemiológico que reflete a expansão e a gravidade da doença. Objetivou-se analisar o perfil sociodemográfico e clínico dos casos notificados de hanseníase em menores de 15 anos no munícipio de São Luís – MA, no período de 2010 a 2019. Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo, com abordagem quantitativa. A população foi composta por todos os casos de hanseníase em menores de 15 anos notificados no Sistema de Agravos de Notificação (SINAN). Para os dados complementares obtidos a partir do Protocolo Complementar de Investigação Diagnóstica de Casos de Hanseníase em Menores de 15 anos (PCID), a amostra foi constituída por 122 casos. A coleta foi realizada no período de novembro de 2020 a janeiro de 2021. Os dados foram analisados no programa EPI-INFO, versão 7 (CDC – Atlanta), a partir de estatística descritiva, expressos em frequências absolutas e relativas. No período analisado, notificaram 826 casos de hanseníase em menores de 15 anos, o que corresponde a 8,9% do total de casos notificados na população geral. O munícipio de São Luís foi classificado com parâmetros hiperendêmicos em toda a série histórica, apresentando taxas de detecção superiores a 10 casos/100 mil habitantes na população de zero a 14 anos. Em relação a faixa etária, sexo e raça, predominaram os casos com idade entre 10 e 14 anos (60,29%), sexo masculino (51,09%) e cor parda (69,59%). Quanto a escolaridade e procedência dos casos, 39,58% cursavam entre a 5a e 8a série incompleta do ensino fundamental e 72,15% residiam na capital do estado. Com relação a classificação operacional e forma clínica da doença, prevaleceu os casos multibacilares (62,71%) e a hanseníase dimorfa (54,24%). A maioria apresentou 0 a 5 lesões na pele (74,45%) e possuía de 0 a 2 nervos afetados (83,23%). Cerca de 46,28 % dos notificados não realizaram o exame de baciloscopia. Sobre a avaliação da incapacidade física no diagnostico, prevaleceu os casos com grau zero (78,89%). Quanto ao modo de entrada, predominou os casos novos (93,70%), sendo o modo de detecção mais frequente, a demanda espontânea (46,38%), seguindo por encaminhamentos (37,34%). Sobre os dados clínicos complementares do PCID (n=122), 41,80% apresentaram mais de um ano de intervalo entre o aparecimento dos primeiros sintomas e o diagnóstico da doença; 57,38% não receberam tratamento para sintomatologia atual e dentre os que receberam tratamento, 41,91% trataram os primeiros sintomas da hanseníase como doença de pele causada por fungo (41,91%). No que se refere a hanseníase na família, 59,02% tinham contato no ambiente familiar, com pelo menos uma pessoa doente (62,50%). O estudo evidência altas taxas de detecção, exposição precoce, histórico familiar, diagnóstico tardio, detecção de formas graves e transmissíveis, baixa busca ativa dos casos, falhas nas ações de controle e dificuldades na realização do diagnóstico, indicando transmissão ativa e manutenção da gravidade da doença na região analisada. Dessa forma, recomenda-se o aprimoramento de medidas mais específicas para o enfrentamento da hanseníase no público infantil.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 407510 - DORLENE MARIA CARDOSO DE AQUINO
Externo à Instituição - ESTELA MARIA LEITE MEIRELLES MONTEIRO - UFPE
Interno - 406775 - NAIR PORTELA SILVA COUTINHO

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